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Se há conversa irritante é mesmo a conversa contra o consumismo do Natal. É interessante que quem a faz a faça depois de ter gasto já uns dias a… consumir no Natal. A conversa não irritaria se não passasse de uma queixa contra o tempo que se demora nas bichas das lojas. Mas quando, por causa disso, se passa para toda uma filosofia sobre o consumismo e os “valores” que se “estão a perder” é que já não há pachorra. Do lado cristão vem a ladainha sobre a perda do significado do Natal. Do lado ateu vem mais uma “crítica” à “sociedade de consumo”, ao “capitalismo selvagem” e tal. Claro que a maior parte destas reacções são causadas pelo nojo que inspira ver o povo a fazer aquelas coisas que antes só alguns podiam fazer. Realmente, o espectáculo do povo a comprar coisas caríssimas, manipulando com proficiência o cartão de crédito deve ser desgostante para muitas pessoas. Eu, por mim, gosto. Sobretudo se imaginar que muitas vezes o avô ou o pai daqueles que se empanturram de coisas nos centros comerciais passavam o Natal a esgravatar a terra e mal tinham dinheiro para um bolo-rei. Um conselho só a esse pessoal tão chato: live and let buy.