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"quem se meter com o PS, leva"

por Rui Castro, em 18.06.07

O António Balbino Caldeira foi constituído arguido em processo-crime relativo ao Dossier Sócrates. Para quem não sabe, o António Balbino Caldeira foi o responsável pela divulgação de factos, no blogue Portugal Profundo, relacionados com a licenciatura do nosso primeiro-ministro na Universidade Independente, alguns dos quais estão ainda por esclarecer (data da licenciatura, aprovação na cadeira de inglês técnico, etc.). Em todos os posts escritos pelo autor do Portugal Profundo sobre o assunto existe um disclamer claro e inequívoco. Pelos vistos, não foi o suficiente para prevenir a fúria persecutória do sr. Sócrates.

Quando o Governo foi eleito, Jorge Coelho avisou "quem se meter com o PS, leva". Na altura, poucos terão percebido o alcance de tais palavras. Aos poucos, vamos percebendo o que é que Coelho queria dizer.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De isa a 18.06.2007 às 12:01

é um ditadorzinho em potencia, qual é o espanto?
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De Zé Ninguém a 18.06.2007 às 13:40

Oh Sr Rui (não é publicidade!)

Estou farto de vos dizer, nas caixas de comentário, que o vosso blog é um Blog com Tomates pode ir ao link abaixo recebe-los!

http://absolutamenteninguem.blogspot.com/
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De Antonio de Almeida a 18.06.2007 às 14:13

-Cá pelo burgo além dos admiradores e simpatizantes de Chavez e Castro, também já apareceram os "practicantes".
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De Dylan T. a 18.06.2007 às 15:50

Caro Rui Castro

Tenho alguma dificuldade em compreender o que tem Jorge Coelho que ver com este assunto, ponto primeiro, e qual a relevância de se utilizar um disclaimer para se blindar a um processo por insinuações ou acusações atentatórias ao bom nome, como qualquer pessoa está sujeita à luz do direito, ponto segundo. Se eu acusasse o Rui Castro de ser um aldrabão ou de ter praticado um acto irregular ou ilegal, não seria um disclaimer da minha parte que o impediria de, muito provavelmente, me poder processar, sentindo-se lesado no seu bom nome.

Importa também, para incautos ou ingénuos, perceber quem são determinados "beneméritos" em nome da verdade.
Perceber que o dossier Independente já estava "preparado" - palavras do próprio António Balbino Caldeira - a uma semana das legislativas.
Que a mesma personagem deu lastro, na altura, ao dossier Freeport (que teve desenvolvimentos interessantes, como o envolvimento do chefe de gabinete de Santana Lopes no seu refogado).
E que foi uma das figuras mais empenhadas na tese do envolvimento da então direcção do Partido Socialista no caso Casa Pia, o que foi cirurgicamente apagado dos arquivos do blog deste nobre paladino, não fosse fazer-se luz sobre outras cruzadas menos convenientes para o momento presente.

Os meus cumprimentos

Dylan T.
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De Rui Castro a 18.06.2007 às 15:55

Dylan T,
Diga-me um facto que o António Caldeirada tenha publicitado e que não corresponda à verdade, sendo "atentória ao bom nome" do sr. Sócrates. Mais, explique-me por que razão é o António Caldeira constituído arguido sem que também o sejam todos aqueles que reproduziram esses factos e fizeram comentários bem menos próprios acerca da (falta) de credibilidade do nosso primeiro.
Cumprimentos
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De Dylan T. a 18.06.2007 às 17:17

Nem eu nem o Rui Castro conhecemos os termos do processo, nem isso é o cerne da questão, embora tenha sido o Rui Castro e não eu a escrever um post sobre algo que desconhece.
O extraordinário é estranhar a prerrogativa de José Sócrates, ou qualquer outro cidadão, interpor ou não um processo a quem difunda matéria que considere lesiva da sua pessoa. E agitar uma espantosa bandeirinha de prepotência do governo ou do PS. Como se fosse algo estranho ao direito e não fosse em sede judicial que se decidirá se fulano a) ou b) acolhe razão no processo interposto.
Já sobre a tonteria do disclaimer, apenas merece um sorriso.

Cumprimentos

Dylan T.
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De H - Viagra e Prozac a 19.06.2007 às 16:33

Hoje é raro falar sobre a blogosfera. O assunto aborrece-me! É algo muito meu: num dado momento, faço o que entendo fazer, invisto tempo e esforço e, depois de terminar, fecho esse capitulo e sigo em frente. Sobre a blogosfera, sinto que disse tudo o que tinha a dizer, pelo que voltar ao tema será perder-me em redundâncias!
Mais do que isso: cada vez tenho menor paciência para a chamada blogosfera: eu gosto de sites, alguns dos quais são blogues. Chateia-me que tantos anos depois continuamos a assistir a um destilar de odiozinhos privados, a procura do achincalhamento públicos para captar mais uma dezenas(ou centenas) de visitantes, devassas de privacidades, ataques pessoais mesquinhos na manta esburacada do anonimato!

Abro esta excepção para comentar a histeria, de quando em quando recorrente, sempre que se coloca a possibilidade de alguém ser responsabilizado pelos conteúdos que coloca no seu blogue, ou que tolera que permaneçam no blogues. O funcionamento do Estado de Direito devia ser encarado com a normalidade, que não se compadece com desvarios persecutórios. Vem isto a propósito da possibilidade do Dr Caldeira, editor do PortugalProfundo poder responder a um inquérito; abstendo-me de comentar a desfaçatez de a pseudo-notificação chegar por telefone ou fax com menção da razão (a ultima vez que olhei para o CPP isto era um disparate) e centro-me no essencial: qual o drama do Sr. Dr ser ouvido?
Na diagonal, li imensas exaltações de protesto: acho sempre surpreendente quando pessoas inteligentes esgrimam argumentos a roçar o patético: com data venia não concebo que hoje ainda se continue a equiparar a Internet a conversas de café! Outra tolice recorrente, é afirmar-se que a impossibilidade prática de perseguir judicialmente todos os infractores ou o facto de as decisões judiciais serem dificilmente cumpridas (o argumento Daniela Cicarelli) deveria ter como corolário permitir que a Internet seja um espaço livre de Direito. Adapto uma pergunta que muitas vezes fiz: será que também vamos defender que por existirem muitas autarcas que não são "apanhados" devemos deixar em liberdade aqueles que a Justiça apanha?

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