Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
«Este post é um exemplo de como se tenta convencer o pessoal da utilidade política de separar a direita boçal, fascista, racista e reaccionária da direita inteligente, estruturada, coerente, informada e decente até ao último átomo. Ao que parece, esta simplicíssima e desambigua higiéne não só não está a ser tentada pela direita, como, pelo tom das conversas, foi completada há décadas pela esquerda. Já tinha a ideia que a esquerda se acha limpa de canalhas, não sabia era que lhes sobra tanto tempo e ideias para ajudar na faxina da casa ao lado. Não tenho nenhuma oposição ao projecto em geral (como haveria de ter?), e até talvez partilhe de alguns dos alvos em concreto. O que me parece ridículo é que se veja nas fórmulas utilizadas pelo Tiago Mendes um algorítmo válido para essa clarificação. Suponho que existem variadíssimos caminhos por onde a direita se pode definir como uma ideia decente de sociedade, mas duvido que atirar bolas de merda à cara dos nossos representantes na fatia da imbecilidade humana que a Criação nos destinou seja uma delas. Aliás, a avidez com que tanta esquerda bloguista (isto passa-se nos blogues, convém, de vez em quando, lembrar) se agarrarou ao caso Tiago Mendes, alguma jurando até que só tinham a ganhar com uma direita limpinha e inocentizada, só dá para desconfiar (para além de implicar uma lata sem fim: não vamos aqui inumerar os canalhas que, por exemplo, no PCP, sempre foram honrados com os maiores dos respeitos).
(...)»
(Ele mesmo outra vez)