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Esclarecimento

por Sofia Bragança Buchholz, em 08.02.08
Ora, chega uma mulher de umas curtas férias (sim, uma MULHER, porque se dúvidas existiam, bastaria uma simples pesquisa na net para se chegar a este, este, este ou este link que o provam) e dá de caras com este texto do João Villalobos, onde é posta em causa a sua identidade e género.
Quanto à primeira, permitam-me que esclareça uma coisa: sou absolutamente adversa ao anonimato na blogosfera. Vejo-a como um meio de comunicação sério e, como tal, a sua credibilidade seria impensável se os seus intervenientes fossem encapuçados desconhecidos. Por outro lado, o anonimato sob um pseudónimo seria inimaginável no meu caso, quanto mais não fosse, por questões práticas: era incapaz de deixar desprotegidos de direitos de autor textos que sei de antemão que serão publicados em livro.
Quanto à segunda questão, a dúvida de género do blogger, se a memória não me falha, já a delicada e feminina Carla, no inicio da sua existência blogosferica, se deparou com este mesmíssimo problema: ser confundida com um homem. Pergunto-me o que faz a blogosfera fazer este tipo de interpretação. O facto de se postar fotografias de mulheres bonitas? (É exclusivo masculino esta ode à beleza?) O tipo de humor utilizado? A ideia preconceituosa de que as mulheres só falam de coisas fúteis e nunca de politica ou economia? Pois, não faço ideia!
Deduz o João Villalobos que não posso ser mulher quando afirmo que os meus melhores amigos são homens, visto esta ser “uma impossibilidade técnica”. Afirma ainda, que este tipo de amizade é impossível, uma vez que acabaria, inevitavelmente, em envolvimento sexual. Meu caro amigo, prendendo-se a esse, sim, puídíssimo cliché, não poderia estar mais errado! Eu sou a prova viva de que essa impossibilidade técnica não existe! Nem todos os homens são – eternos – “bichos papões”, e se, de início, até podem manifestar a sua inata natureza predadora, quando se apercebem de que é em vão a sua tentativa de caça e de que a sua potencial presa pode ser uma divertida e inteligente aliada, afastam-se desta tentativa e tornam-se interessantes amigos. Lamento, sinceramente, por quem nunca partilhou esta enriquecedora experiência.
Quanto à adjectivação que fiz das mulheres, não se trata de um insulto nem, obviamente, de uma lei universal. É – como acontece em todas as crónicas – apenas uma opinião. Umas a negarão convictamente, outras a renunciarão conscientes do contrário, outras, com mais sentido de humor, como eu, a admitirão: a nossa natureza emocional (atrever-me-ia a dizer, superior, mas sei que isso daria mais pano para mangas) faz com que sejamos assim: elaboradas e complexas, complicadas, cheias de defeitos. Não estou com isto a afirmar que a natureza masculina está isenta deles, sendo um poço de virtudes. Nada disso. Nem que a amizade entre géneros é coisa pacifica. (Preciosa, sim, mas não pacifica!) Antes pelo contrário, e a própria crónica remete-nos para aqui: para a dificuldade de comunicação entre eles (mas para saberem mais terão de a ler até ao fim na Revista Atlântico de Fevereiro).
Ora, neste sentido [e, claro, também, naquele, particular, a que o João se refere, da incredulidade da fêmea face aos argumentos do macho se ousar desmentir as palavras de desdém dela para com a sua espécie] concordo, sim, que uma mulher, por mais amiga que seja de um homem, jamais conseguirá fazer parte “da irmandade da pilinha”.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De QuePenaJaSerCasado a 08.02.2008 às 14:57

sim, uma MULHER.
uma linda MULHER

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