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A polémica sobre a possibilidade dos muçulmanos britânicos seguirem a Sharia não é progressista. É, aliás, um dos poucos casos em que a Igreja de Inglaterra mostrou ser tradicionalista.
Pelo menos para nós. Até ao Código Seabra, as vetustas Ordenações permitiam aos fiéis de outras "nações" (judeus, ciganos e mouros de castela) seguirem os seus preceitos e serem, por eles, julgados. Inquisition aside, enquanto foram aceites, na idade média, os não-cristãos tinham os seus privilégios (direitos) e a própria coroa de Leão se intitulava "Rei das Três Religiões".
Hoje, fala-se do futuro rei britânico se vir a intitular pluralmente "Defender of the Faiths", em vez do actual e protestante "Defender of the Faith" - já de si irónico, já o título Fidei Defensor foi atribuido pelo Papa Leão X a Henrique VII depois deste reconhecer os sete sacramentos e a supremacia (mas, pelos vistos, não a presciência) papal - o que leva a pensar no caminho dos multiculturalismos...