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a propósito da avaliação dos professores

por Rui Castro, em 20.03.08

Não há muito a dizer sobre este vídeo. Ao que parece, a cena passa-se numa sala de aula do 9.º ano, numa qualquer escola portuguesa. É para mim evidente que a menina protagonista do filme só lá vai com um par de lambadas naquela tromba. Nos tempos que correm, porém, os correctivos físicos são mal vistos, pelo que não será de esperar muito para além de uma chamada de atenção verbal, a medo, para não irritar os paizinhos da criatura. O futuro é prometedor. (via Blasfémias)


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De João Monge de Gouveia a 20.03.2008 às 09:32

Um par de lambadas era pouco....
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De Rui Castro a 20.03.2008 às 09:45

João, suspeito que a minha brandura esteja intimamente ligada ao espírito da Semana Santa.
Abraço
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De João Monge de Gouveia a 20.03.2008 às 11:47

A minha mãe foi professora, hoje em dia está reformada, por isso sei bem o que sofrem os professores com a educação que deveria ser dada em casa... ou a falta de tabefes que os pais destes meninos já deveriam ter levado.
Abraço
P.S. – Eu pelos vistos não estou imbuído pelo espírito da semana santa.
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De Inês a 20.03.2008 às 10:19

A minha alma está parva! Não só pela cena em si, mas por todo o seu conjunto de uma sala de aula, onde ninguém faz nada, a não ser rir e "mandar bocas"! Sou mãe e se eu soubesse ou sequer suspeitasse que um dos meus filhos pensava sequer em fazer uma coisa destas, confesso ..... dáva-lhe dois tabefes bem dados e acho que ainda era pouco! Há muita coisa errada na educação e que necessita de ser alterada, mas uma delas passa por dar mais direitos aos professores para que não tenham que ser confrontados com situações destas. Humilhante para todos nós!
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De Ricardo Belo de Morais a 20.03.2008 às 11:29

Chocante, de facto. Um par de lambadas nem chegaria para a correcta e adequada retribuição. Grave, também, a facilidade com que o colega do "bicho" vai fazendo de 'realizador', ou a desfaçatez com que a peça vídeo entra no Youtube: «9º C em grande». Parece, contas feitas, ter sido uma festa. Já a ressaca, essa, fica sempre do lado dos professores...
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De O Inconveniente a 20.03.2008 às 12:18

Inocentes? Ou nostálgicos dos tiques autoritaristas do Estado Novo? Prefiro pensar que são inocentes, os que acima de mim escreveram.

Acham mesmo que aquela professora alguma vez poderia dar um par de lambadas àquela aluna, naquelas ciscunstâncias? (por muito que ela as mereça - e merece - não é isso que está aqui em causa). Mas se porventura o tivesse feito, seguramente tudo teria acabado muito pior para a professora. Não é preciso ser estudioso de pedagogia - basta ter dois dedos de testa - para saber que seguramente não é com lambadas a meninos ou meninas de 16 anos que se resolve seja o que for. Só se incendeia mais, e os professores passam a ter de levar seguranças para dentro das salas de aula. E a última coisa que se pretende é termos escolas que se confundam com prisões ou institutos correccionais.

O problema é muito anterior ao 9º ano, ali já todo o mal está feito.

Agora se acham que é com palmadas na pré-primária ou na primária que se educam as nossas crianças... leiam os psicólogos, os pedagogos e outros que tais.

Digam lá, essa do par de estalos não vos parece fácil demais?

Inocentes, meus caros, inocentes... (porque não vos quero pensar saudosistas)!
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De Ronin a 20.03.2008 às 12:22

Proponho desde já que os meninos dessa turma e o monstro da Sofia Bragança Buchholz, sejam acrescentados à lista de animais perigosos…
Já alguém ouviu falar em varrer recreios, em despejar caixotes do lixo, em lavar quadros, lavar louça na cantina etc. (claro por tempo indeterminado)
A escola agradecia e esses meninos deixavam-se de palhaçadas…
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De Juca a 20.03.2008 às 13:05

QUE VONTADE DE ESPATIFAR O FOCINHO À BIQUEIRADA À MENINA BETINHA E MIMADA!!
O QUE PARECE INCRÍVEL É SER ESTE O DIA A DIA DE MUITOS MILHARES DE PROFESSORES QUE LIDAM COM ESTA GERAÇÃO MIMADA E PSEUDO-REBELDE!!
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De pedrohnm@hotmail.com a 20.03.2008 às 13:45

Estão todos loucos? Mas que raio de direito tem um professor de se apoderar da propriedade privada de alguém, seja quem for? Porque que existem então as faltas disciplinares, as suspensões, todos os processos normais de disciplina? Sem contar que a "criança" não é certamente nenhuma criança. O que eu vejo aqui é uma enorme prepotência e falta de respeito por parte da professora. Se a aluna opta por não participar da aula, ou se existe lugar para alguma acção disciplinar não deve ser a agressão física e a coacção a resolver a situação. Mas onde é que estamos?! Vergonhosa a atitude da professora. Já é tempo de os professores serem profissionais, o tempo da complascência para com atitudes dessas e más disposições do "profs" já passou, ou já deveria ter passado. Ridículo.
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De João Monge de Gouveia a 20.03.2008 às 14:31

Falta de respeito da professora???? prepotência????

É por estas e por outras que existem atitudes destas por parte de alunos como a do video.

Por amor de Deus!!!!
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De marini a 20.03.2008 às 16:39

eu não admito que um polícia me faça aquilo, quanto mais um professor
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De goliadkin a 20.03.2008 às 21:18

Então se calhar é melhor você procurar uma outra sociedade para viver... mas não estou a ver qual.
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De marini a 20.03.2008 às 21:27

uma que impere o estado de direito, a lei e as regras, e a arbitariedade de decidir quando é conveniente e quando não é tirar o telemóvel de alguém.

uma em que o professor dava a escolher a aluna, entregar-lhe o telemóvel voluntariamente ou ser expulsa da aula, ter uma falta disciplinar e sofrer as consequências.
uma em que um professor sabe que tem mais autoridade do que aquela de puxar e lutar com um aluno.
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De marini a 20.03.2008 às 21:28

isso não dá pra editar, queria dizer obviamente "e não a arbitariedade"
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De goliadkin a 20.03.2008 às 23:18

Estado de direito? Está a referir-se ao Regulamento Interno da Escola, às directrizes do Conselho Executivo ou ao Estatuto do Aluno? Quer mais Estado de Direito? Mais leis, mais regras, tão claras?

Onde é que está a arbitrariedade?

Julga mesmo que um professor é um ser com poderes magníficos e aleatórios e desprovido de senso e racionalidade?

Desconhece que as faltas (as disciplinares, inclusive) correspondem a nada nos dias de hoje? Sabe qual o encaminhamento da maioria deste tipo de situações? Eu digo-lhe, nenhum. Sabe que os professores são fortemente aconselhados (se não mesmo obrigados) a manter os alunos na sala de aula, a todo o custo?

Sabe do que fala?!

E não. Não vi nenhum professor a puxar uma aluna, vi foi uma professora a ser agarrada depois de já ter o telemóvel perturbador na sua mão, como é SEU DIREITO. E não, a escola e a sala de aula não é uma central de comunicações. Lamento.
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De marini a 21.03.2008 às 11:30

bem, então se as faltas não servem pra nada, viva a lei da selva.

direito da professora? pufff, sem comentários
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De Nuno a 21.03.2008 às 13:07

@marini: Disse que não admitiria que um polícia lhe retirasse um telemóvel. Muito bem. Vamos então criar uma situação análoga: se o telemóvel não é autorizado dentro da sala na mão de um aluno (e para perceber melhor), imaginemos então que vê uma arma ilegal na mão de um outro cidadão... Aí já aceitaria que o polícia confiscasse a arma. Se a arma é ilegal, então é confiscada pelo polícia; se o uso do telemóvel é ilegal, então é confiscado pelo professor. Com todo o direito.

Sim, é um DIREITO da professora. A professora pode reter o telemóvel até ao fim da aula caso este seja um objecto perturbador. As regras são para se cumprir. E os alunos sabem disso.

Tente informar-se primeiro em vez de vir com frases feitas e abstractas.

Se não sabe do que fala, então cale-se.
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De marini a 22.03.2008 às 21:57

um professor pode "guardar" um telemóvel, ou qualquer outro objecto perturbador, se esse for entregue voluntariamente.

só a polícia pode, em circunstâncias próprias, coagir ou agredir alguém de maneira a confiscar algo.

informe-se você, qualquer dia pode cometer uma ilegalidade sem saber.
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De goliadkin a 23.03.2008 às 01:38

É com dificuldade que reprimo a gargalhada. Quem é que estava a ser coagido a quê? Era a aluna?! Não me pareceu.

Mas apliquemos, na prática, o seu raciocínio.

Uma aluna tem um telemóvel que está sempre a tocar. A professora manda-a sair porque marini diz que a prof não pode confiscar o telemóvel, quando a lei diz que estes são proibidos na sala de aula. Ela, a aluna, diz que não sai. O telemóvel continua a tocar. A professora chama alguém (sabe-se lá quem... um funcionário quiça, coitado). A aluna diz que não sai. O telemóvel continua a tocar.Chamam-se os pais. Ela diz que não sai e os pais também sabem que não lhe podem coagir ou violentar na tentativa de lhe desligar o telemóvel. Não há alternativa. Chama-se a policia. Como a polícia é a única que, segundo marini, pode, mas só em determinadas circunstâncias coagir alguém de maneira a confiscar algo, lá a teenager entrega a contragosto o telemóvel. E a polícia, como tem mais que fazer, entrega o telemóvel à professora para que esta entregue o mesmo à aluna no final da aula ou no final do dia.

Deviamos aplicar esta lógica.

Mas se calhar, só se calhar essa autoridade, esse direito, já está implicitamente na lei (e também através da tradição) atribuído aos professores na sua relação hierárquica com os alunos.

(olhe, não há semana, em que eu não cometa essa ilegalidade... tremo de medo de ser processado)
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De Pai a 08.07.2015 às 12:01

De ser processado não, mas apanhar um pai mais alterado que o obrigue a fazer um plano dentário novo sim...mas isso é só a minha opinião, acredite que falo com conhecimento de causa. Há mais ou menos 1 ano, um professor (director de turma) resolveu confiscar o telemóvel da minha filha, alegando que ela o estava a usar, o problema foi que a turma confirmou que isso não aconteceu e como tal pedi o telefone de volta. O dito professor, em plena escola foi mal educado, arrogante e começou a falar alto para a escola ouvir, resultado.....ganhou um aparelho nos dentes e 15 dias de baixa...e eu tenho o telefone da minha filha de volta, não apresentou queixa porque não quis, era livre disso, mas posso garantir-lhe que dai para a frente o respeito que teve por mim e pelos alunos foi outro. Segundo me disseram era o professor que até o conselho directivo tinha medo, e que a maioria dos pais temiam por ser rude, mal disposto, e mal educado, teve azar naquele dia, coloquei-o no lugar dele, quando era desnecessário, bastava dar-me o telefone, como lho pedi por diversas vezes.
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De goliadkin a 21.03.2008 às 16:02

Ó Marini, infelizmente, você não sabe do que fala.

É um direito da professora retirar o telemóvel, porque esse direito lhe foi concedido pelo Estado, pelo povo, se quiser, nos docs. que acima referi. Quer Estado de Direito ou não?

Isto para não falar no direito moral de o fazer e para não falar nas mais elementares regras de boa educação e civismo, que têm que ser cumpridas.

Essas ideias que possa ter na cabeça sobre a opressão dos coitadinhos (sejam eles quais foram) e a (alegada) brutalidade dos detentores de (alguma, pouca) autoridade são, no minímo, ingénuas.
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De MC a 22.03.2008 às 09:40

marini você é mesmo anormal foda-se
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De marini a 22.03.2008 às 21:55

não é um direito não.

não é mesmo um direito do professor aprender material dos alunos, que não constituam perigo imediato.
embora muitos regulamentos internos de escolas prevejam isso, é contra a lei e a constituição. o que é proibido sim, é a utilização de telemóveis.

um aluno pode ser expulso, disciplinado, etc, mas não coagido ou agredido, e isso é elementar.

mas tá tudo doido?!
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De goliadkin a 23.03.2008 às 01:06

Já reparou que não faz sentido o que diz?

Diz que um aluno não pode ser coagido mas que pode ser expulso (da sala de aula suponho)... mas ser expulso, não é ser coagido? E se eu o expulsar de uma sala de aula não estou a prejudicar o direito do aluno à educação?

E se eu quiser brincar ao relativismo moral?

Os telemóveis são proibidos na sala de aula. Muito bem. Quem zela pelo cumprimento dessas regras nesse espaço? O professor. Se é proibido...

Peço-lhe desde já, como cidadão zeloso que é pela lei, que peça a inconstitucionalidade de todos os R.I.'s dessas escolas por esse país fora e, por extensão, do Estatuto do Aluno. Mesmo que isto sejam regras aceites por todos, i.e., prof's e pais (veja o comunicado da CONFAP).

Sim, numa coisa tem razão, está tudo doido.

Está tudo doido quando se põe em causa o direito dos professores fazerem uso da sua autoridade e poder disciplinador confiscando objectos que perturbam o funcionamento de uma aula e prejudicando aqueles que verdadeiramente querem aprender.

Compreenda isto, é esse relativsmo moral, que permite que situações como o do vídeo aconteçam.
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De Paulo Sousa a 20.03.2008 às 14:09

Será que todos os professores se deixam chegar uma situação idêntica? Entre o professor que consegue manter a autoridade e o respeito com a mesma turma que é capaz de fazer uma coisa destas, faz ou não sentido haver avaliação de professores?

vilaforte.blog.com
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De MC a 22.03.2008 às 15:58

não sei o que o senhor faz, mas também quero ter uma palavra na sua avaliação
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De Ana Narciso a 22.03.2008 às 22:34

Eu sei o que ele faz e o que faz faz bem .
Quem falou que o telemóvel é perigoso, ilegal ou perturbador? É uma questão de uso indevido ,neste caso concreto uso indevido por vários alunos ( não podemos esquecer o cameraman ).Não sei como reagiria a esta escalada de violência se estivesse nesta situação; sei que , com toda a segurança, não esperaria pela televisão para apresentar queixa da TURMA e da aluna em particular. E o aluno que gravou a cena e a publicou sem autorizaçõa de ninguèm? Não lhe acontece, nada? Oh!Valha-me Deus!!
http://vilaforte.blog.com/
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De António de Almeida a 20.03.2008 às 17:31

-Nestas alturas tenho pena de não ter sido professor, comigo aquele telemóvel ganharia asas, para ir aterrar algures depois de ter voado pela janela. Mesmo que o tivesse de pagar, se a aluna protestasse muito, dava-lhe a escolher, se queria sair pela porta, ou pela janela. Cambada de animais, o problema é falta de autoridade, pelos vistos o investimento que falta nas escolas, é a contratação de seguranças, para lidar com bestas mal educadas, da forma que merecem.
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De Hilário a 20.03.2008 às 19:34

preferia trabalhar nas obras em Espanha do que ter de aturar alunos destes..

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