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Jesus Christ Superstar (1973) - Superstar
Sobre o filme “Jesus Christ Superstar” já, aqui, falei na blogosfera. Vi-o com seis anos de idade, no cinema, num ecrã imenso. Mesmo tratando-se da vida de um personagem histórico, não entendo o que passou pela cabeça dos meus encarregados de educação para deixarem uma criança daquela idade assistir a cenas tão violentas como a das 39 chicotadas. Marcou-me para o resto da vida. Não só por esta razão, mas por várias. A saber:
• Foi o primeiro filme de “crescidos” que vi no cinema;
• Porque me apaixonei perdidamente pelo actor Ted Neeley (Jesus), chegando mesmo a gastar todas as minhas parcas economias num poster ratado, comprado no mercado negro (leia-se: sem o conhecimento da minha mãe de tão estapafúrdia transacção) ao explorador do meu irmão, sete anos mais velho do que eu;
• Ainda hoje sei de cor todas as letras das músicas do filme, tendo contribuído substancialmente para a minha familiarização com a língua inglesa;
• Teve um forte contributo na minha sensibilização musical, ou não terminassem os serões de família comigo e com a minha prima P. numa imitação ainda mais melada do que a da Yvonne Elliman, da canção "I Don't Know How to Love Him";
• Contribuiu para o despertar do meu sentido de competição, visto que me roía de inveja (obrigando-me a um treino mais exaustivo) se os falsetes da minha prima fossem mais aplaudidos do que os meus;
• Ajudou no meu desenvolvimento motor, de coordenação, de sincronização e, porque não, de trabalho em equipa, ou os ditos serões não tivessem também direito a uma performance coreográfica, por parte dos membros mais novos família;
E por fim, a mais importante (mas também a mais controversa):
• Contribuiu fortemente para a minha consciencialização do Cristianismo, embora com fortes lapsos, uma vez que durante algum tempo fiquei a pensar que o Judas era preto (bolas, esta foi mesmo muito grave!);
Sendo bom ou mau, polémico ou não, não importa, porque só por isto este é um dos filmes da minha vida.
[Texto adaptado deste meu post]