Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
O
Leopardo Cor-de-Rosa
Além dos fatos de bom corte, o que há de comum entre o Príncipe de Salinas e o Ministro da Cultura? Ambos querem mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma.
Já vimos que Pinto Ribeiro tem o nada secreto desejo de ser comissário do Acordo Ortográfico, não morre de amores pelo modelo OPART e pretende atirar o protocolo com o Hermitage para o limbo do esquecimento. São claras diferenças em relação à sua antecessora. E para melhor, se me perguntam.
Mas tais diferenças não irão muito longe por uma razão simples: o novo inquilino da Ajuda não tem dinheiro para mandar cantar um cego, quanto mais todos os coros e coretos da cultura nacional. Na audição parlamentar de 19 de Março, que marcou o seu debute público e à qual assisti como enviado da Atlântico (graças aos bons ofícios do
Era isto que queria dizer com aquela primeira frase, transparente mas recebida como um oráculo, em que prometia fazer mais com menos. O que equivale, recorde-se, a 0.4% da atenção financeira do Governo. Ausência de grandes projectos, revisão das regras para a atribuição de subsídios (e revisão nunca é sinónimo de “agora, sim, correrão rios de ouro para a cultura”), inauguração em 2009 dos Museus do Côa, do Douro e da Língua - no fundo, e sem fundos, é este o programa de festas.
Por mim, está tudo bem. Eu já nem ia votar PS…
Pedro Picoito