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É por estas e por outras que penso que o Bloco de Esquerda é a força política menos interessada em que o “sim” ganhe no próximo referendo.
O aborto tem servido para dar notoriedade a este partido e sem este tema “fracturante” sobram dois ou três assuntos bem menos apelativos em termos de opinião pública: casamento dos homossexuais, a adopção por casais homossexuais e
É curiosa, aliás, a reacção da opinião pública à recente “marcha pelo emprego” (ou coisa que o valha...). Ninguém ligou nenhuma aos berros do Francisco Louça quando este apelava à diminuição da semana de trabalho. Recordo que no “grandioso” comício estavam meia dúzia de “gatos pingados” e os jornais deram-lhe duas ou três linhas.
A Teixeira Lopes coube o papel, sempre ingrato, de deixar cair a máscara. Com esta tomada de posição percebeu-se que o BE não quer ninguém a partilhar a bandeira do “sim”. Ou melhor, querem ganhar qualquer que seja o resultado do referendo: se o “não” ganhar, eles continuam a conseguir a visibilidade de que tanto precisam, se ganhar o “sim” eles querem os louros da vitória só para eles.
E assim vai crescendo a abstenção.