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Discordo do Francisco José Viegas (alguma vez tinha de ser). Posso estar enganado, mas parece que o Francisco se entedia com o que pensa ser mais uma manifestação da fúria anti-tabagista, no caso disparada contra o fumo de Sócrates no avião para Caracas.
Do que tenho lido, não se trata, nem do prolongamento das profeciais sanitárias que envolveram a lei do tabaco, nem de uma conversão dos seus opositores. A proibição do fumo em espaços fechados foi-nos vendida, não como uma ordenação social de relevância residual, mas como uma medida essencial de saúde pública - nuns termos, aliás, que fizeram com que a sua eventual rejeição parecesse o caminho para a auto-destruição da Humanidade. Ora, o que o comportamento do primeiro-ministro e da sua entourage provocam é que nos perguntemos se a lei que com tanta gravidade nos impuseram é verdadeiramente para ser aplicada ou se não passará, afinal, de uma proposta de vida do tipo religioso e, portanto, de letra-morta jurídica.
Não sei se é moralismo. Mas é, pelo menos, uma questão de moralidade política básica.