De Grito a 03.07.2008 às 11:58
A questão é mesmo essa: Isto é um (quase) monopólio.
Se não fosse um monopólio esta questão nunca se colocaria, porque o preço é definido pelo mercado.
Por outras palavras, num cenário de concorrência, a EDP nunca se atreveria a mudar o preço.
Só num mercado que não tem concorrência (e num bem essencial) é que um monopolista se sente à vontade para mexer no preço em função do custo.
O argumento acima do café também não faz sentido porque, se eu, no meu estabelecimento, aumentar o preço do café (seja porque motivo for) os clientes passarão a tomar o café noutro estabelecimento meu concorrente.
De Jaime a 03.07.2008 às 15:04
Não é um quase monopólio. É um monopólio. A distribuição de energia eléctrica é sempre um monopólio por optimização de recursos da sociedade. Não faz sentido criar várias linhas paralelas em concorrência. O que faz sentido é ter um monopólio regulado por uma entidade independente e sujeito a regras de acesso a terceiros. É assim em todos os países. Sugiro que procurem informar-se antes de dizer a primeira frase que se forma na boca. Creio que estão a confundir a distribuição de energia (EDP Distribuição) com a comercialização de energia (EDP Serviço Universal, EDP Comercial, Iberdrola, Union Fenosa...). Aí sim, na comercialização está a criar-se um mercado. Outro erro comum é pensar-se que o dinheiro passa entre as várias empresas do grupo EDP quando, por lei, as empresas são obrigadas a serem juridica e contabilisticamente separadas, mas claro que podemos sempre criar teorias da conspiração em vez de pensar. Por fim, relembro que não é a EDP que faz o preço da energia que vende. Por isso é regulada, quem faz as tarifas é a ERSE seguindo leis aprovadas pela Assembleia da República. Alguém sequer leu os documentos da ERSE antes de escrever aqui?