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Personagens:
• Tomás, 10 anos
• Simão, 7 anos
• Catarina, 11 anos
• Eu (isso, agora, não interessa mesmo nada)
Cenário:
Ontem à noite, num relvado de um campo de futebol de um conhecido colégio da cidade, eu jogava heroicamente futebol com três crianças.
Às páginas tantas, já o coração parecia querer saltar-me a galope pela boca, tal o esforço que o exercício me exigia, dobro-me, apoio as mãos nos joelhos e, ofegante, informo resignada:
Acção:
– Desisto! Já estou velha para isto!
O meu sobrinho mais velho, sempre cordial e amigo – mas também consciente de que a equipa se desmoronava e que lá se ia a brincadeira – incentiva-me:
– Vá lá, não desistas! Tu jogas muito bem!...
Lisonjeada, levanto a cabeça numa derradeira tentativa de continuar, mas, o argumento – supostamente encorajador – que se segue, cai sobre mim como um balde de água fria, fazendo-me definitivamente resignar da minha posição de avançado:
– … tu jogas, quase, tão bem como o meu pai!
É que não estão a ver o meu cunhado, um fumador incorrigível, com uns bons valentes quilos a mais, nada dado a actividades físicas e que de desportivo, meus caros leitores, só tem o BMW descapotável na garagem.