por Gonçalo Capitão, em 24.07.08
Por estes dias, torna-se impossível não lembrar o "fungagá" da Quinta da Fonte, que colocou ciganos contra africanos (ou seus descendentes)...
Sobre o assunto, apoio, quase na íntegra, o
artigo que Mário Crespo publicou no JN.
Andamos agachados perante minorias que se recusam a subscrever o mínimo do nosso patamar de convivência ética, embora queiram todas as regalias!... Chupam a carne e deixam os ossos!...
Pouco me importam a cor de pele ou as diferenças culturais, mas creio que os grupos que se pretendem manter "fechados" têm que fazer a fineza de cumprir os "mínimos olímpicos", como sejam pagar rendas, manter salubridade nas áreas que ocupam, dedicarem-se exclusivamente a actividades lícitas (o mesmo que exijo a qualquer cidadão português, aliás), etc...
Acho que devemos receber bem qualquer comunidade, venha ela de Angola, Cabo Verde, Ucrânia, Brasil, Roménia ou até da Lua... Mas aceito mal que arranjando um espacinho na cama, me empurrem para fora dela!
Mas, se isto é assim do lado da chantagem permanente que algumas comunidades fazem, não é menos verdade o que diz Mário Crespo: a culpa também pertence ao oportunismo dos políticos. Bem verdade, repito!
Seja para desocupar áreas onde se quer agradar aos votantes pré-residentes, seja para cativar os realojados, seja para tudo isto e o seu contrário, o facto é que fazem dos portugueses cumpridores e cívicos gato-sapato.
E não se pense que a culpa é apenas da esquerda (aquela que, com excepção do PCP e da ala direita do PS, acha que se não se pertence a uma minoria não se é inteligente...), mas também da direita que, desde o 25 de Abril, tem complexos e medo de que lhe chamem "fascista", apenas por fazer o que devia: lutar contra a discriminação das minorias, mas defendendo os direitos da maioria a autodeterminar-se. Ao invés, cada vez nos vergamos mais à Economia e às minorias.
Ou nos tornamos ricos ou ficamos párias, na nossa própria Pátria.