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"(...) O que se passou na já famosa reunião do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol não admite dúvidas jurídicas, desportivas ou morais. Independentemente da decisão que estava em causa, da descida do Boavista ou da penalização de Pinto da Costa, só mesmo a claque dos SuperDragões ou gente com paralisia cerebral pode fingir não ter visto o que toda a gente viu: uma manobra inacreditável do presidente do CJ, António Gonçalves Pereira, para manipular o conselho a seu bel-prazer e beneficiar Porto e Boavista, desse por onde desse. O parecer de Freitas do Amaral sublinha apenas o óbvio, com a vantagem de sustentar esse óbvio com argumentos jurídicos irrefutáveis e numa linguagem compreensível por qualquer mortal. Freitas é de tal forma cristalino na descrição das sucessivas golpadas tentadas por Gonçalves Pereira que a carreira deste como advogado e político só não está acabada se não houver um pingo de vergonha nesta terra (...)" (João Miguel Tavares)