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Quando o preço do petroleo começar a aumentar pode ser que o ocidente dê atenção ao que se está a passar na Ossetia. E é bom que o faça. A culpa é nossa. Durante anos convencemos os países que saíram da União Soviética que não precisavam da Rússia. Que seriam protegidos.

 

É certo que agora só estamos a discutir um pequeno território. Mas hoje deixamos cair a Ossetia. Amanhã a Abkhazia. Mais cedo ou mais tarde estaremos a discutir o resto da Geórgia, o Azerbeijão, a Ucrânia ou a Estónia. Onde está o limite?  


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Lourenço a 11.08.2008 às 03:23


Olha boa pergunta. Qual é a diferença entre a Ossetia e o Kosovo? Só porque Tiblisi não reconhece o governo que as pessoas que ali vivem elegeram? E o apoio desta decisão pela NATO com a ONU (e a União Europeia) a fazerem eco que só revitaliza o fantasma da guerra fria faz com que lícitamente se bombardeie este sítio?

"Ah porque a Rússia quer o petróleo e o gás" e o raio que o parta - E vós quereis outra coisa?!

Então e se eu disser que isto não tem nada que ver com uns países do atlântico norte nem com moscovo nem sequer com o kosovo; tem a ver com a Ossetia e com os seus habitantes. E que a ideia de se despoletar uma guerra porque certas facções não gostam da escolha de quem governa naquele lugar, democraticamente eleito (e isto creio que não está em questão) cheira-me a sintoma de uma civilização ínvoluida, incapaz de aprender, de se modificar, de se optimizar aos objectivos dos seres humanos que a compõem.

Se calhar se o pessoal da NATO e da ONU e da "nossa" UE e já agora da Rússia parassem de jogar Risco com o território do nosso planeta, os indivíduos que de facto vivem nesse território passavam melhor.

É que é muito giro jogar ao Risco, deve ser muito interessante tomar decisões geo-políticas estratégicas na vida real também, mas epá é muito mais chato ser o estúpido do bonequinho cuja morte é em última instância jogada aos dados entre uma dúzia de egomaniacos obcecados em exercer e inventar poder.

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