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Desde os Jogos Olímpicos de Paris de 1924, mais de três dezenas de atletas portugueses alcançaram o pódio, em diferentes modalidades.
Esses atletas deram a Portugal nove medalhas no atletismo (três de ouro), uma medalha de prata no ciclismo, três medalhas de bronze no hipismo (colectivas), uma medalha de bronze na esgrima (colectiva), uma medalha de bronze no judo, uma medalha de prata no tiro e quatro medalhas colectivas na vela (duas de prata).
Custa-me a resignação de quem considera que os Jogos Olímpicos servem apenas para bater recordes nacionais. Não creio ser razoável que jogos após jogos, contribuamos para tolher a ambição dos nossos atletas mais audazes. Não é sequer justo que sejamos menos exigentes (ou mesmo crentes) em vitórias inferiores às que outros alcançaram na última edição.
É certo que existem potências que há muito apostam na pela conquista de medalhas em determinadas modalidades, somando presenças pódio, nas diferentes categorias. Mas sempre assim foi. Até nós chegámos a ter um pouco dessa fama, no atletismo.
São os resultados que permitem que as nações e aos valorosos atletas deixem a sua marca na história do desporto.
O estado do tempo, a poluição, a hora da competição e as histerias de éguas ou cavalos nunca constam do quadro de resultados ou dos almanaques olímpicos. Também não é uma prática a inscrição de alegadas interferências da arbitragem em notas de rodapé à frente do nome dos medalhados.
A atitude dos atletas deve ser honrar o país que representam e que neles investe durante quatro anos. Nem sempre com o apoio devido, é certo - mas essa é também a circunstância de atletas de muitos países que arrecadam medalhas improváveis.
Perante o evidente esforço e atitude dos atletas, a nossa atitude só pode ser de total apoio aos mesmos na sua demanda pelos metais olímpicos.