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«PRIMEIRO PRÉMIO VAI AO CU A TI DO ANO
ETA dice que el alto el fuego sigue 'vigente' y que no quiso 'causar víctimas' en la T4
La organización terrorista critica que no se hubiera desalojado el aparcamiento a pesar de las tres llamadas.
Lembro-me dos mortos de Hipercor, do cobarde tiro na nuca de Tomás y Valiente no seu escritório da Universidade, do sequestro de Miguel Angel Blanco, do terror de criança por viver em frente à Casa Quartel da Guardia Civil em Badajoz, lembro-me das pernas mutiladas de Inés Villa, da viúva de Gregório Ordoñez, da primeira vez que me manifestei em frente à Faculdade de Direito em Cáceres, da bomba monstruosa de Callao, do sangue espalhado no chão em Zaragoza, do buraco onde interromperam durante duzentos e quarenta e noves dias a vida do empresário Emiliano Revilla, das cartas com cheiro a morte dirigidas a Savater, das ruas feitas trincheiras no centro de San Sebastián, do aeroporto de Barajas. Lembro-me que não houve um único dia na minha vida em que a ETA não estivesse presente. Matando, extorquindo, ameaçando.
Quando grito BASTA YA, de mãos brancas e cara descoberta, refiro-me a eles, aos assassinos e não ao Estado de Direito que tem o dever de diferenciar os bons dos maus e de deixar bem claro que as regras são as nossas, as dos inocentes. E que não estou disposta a ser gozada por uma banda de racistas hipócritas, uns cobardes cujo discurso, à falta de razões morais, históricas ou políticas, ficou reduzido ao mais execrável dos nacionalismos, o do terror de rosto coberto. Porque isto é a ETA, uma anedota armada até aos dentes que me julga merecedora da morte só por não ter o mesmo grupo sanguíneo que os bisavós deles, viver no meio da montanha vestida de aldeã do século XIX, falar numa língua pre-histórica ou levantar pedras de duzentos quilos como acto de suposto orgulho nacional.»