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A "Europa" vai-se reunir-se para debater o conflito no Cáucaso - coisa que, sem dúvida, fará petrificar de medo o governo russo e suspirar de alívio o povo da Geórgia. Pessoalmente, lastimo que o Tratado de Lisboa não esteja já em vigor, para que pudéssemos apreciá-lo em toda a sua gloriosa inutilidade. É que os últimos dias não foram muito auspiciosos quanto à nova vida em comum de que os líderes dos países europeus nos querem convencer. Sarko foi ao centro da crise esbanjar a sua hiperactividade, mas não entusiasmou. Alguns (Berlusconi, por exemplo) mantiveram-se oportunamente num perfil baixo; outros, como os bálticos - que sabem como poucos do que a casa gasta - repudiaram o acordo celebrado entre a Rússia e o procurador francês. Assim, apesar das trombetas e da hipocrisia, e para conforto de quem gosta de rotinas, a "Europa" continua perfeitamente reconhecível: nações independentes e soberanas, com interesses, inimigos, passados, presentes e futuros próprios. Não lhe exijamos mais.