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"Valeu a pena e teve efeitos imediatos", disse à Lusa o proprietário de um restaurante no Bairro Alto, Floriano Moreira, que desta forma sintetiza a sua opinião sobre a eficácia do reforço do policiamento naquela zona, que desde 01 de Agosto os comerciantes e empresários locais pagam.
Recordo as declarações de Rui Pereira, que considerou como "normal" o policiamento pago por empresários.
Os resultados do policiamento pago, de acordo com os comerciantes desprotegidos, teve bons resultados. Disse aqui e agora confirma-se: "o insuficiente policiamento no Bairro Alto não se devia à falta de efectivos, mas antes à ausência de uma "pequenina compensação monetária" por parte dos desprotegidos, para que a autoridade fizesse o seu trabalho".
Em coerência com o pensamento de Rui Pereira, esta pode ser mesmo a solução para o problema da criminalidade violenta: se os comerciantes que são sucessivamente assaltados pagarem o policiamento, é provável que deixem de ser assaltados. Os próprios ourives do interior do país, que se deslocam entre feiras, podem pagar a escolta policial à sua actividade para deixar de ser assaltados. E se as transportadoras de valores pagarem a escolta às suas carrinhas, talvez deixe de haver assaltos sofisticados nas já vigiadíssimas concessões rodoviárias.
Assim, com todos a pagar do seu bolso o direito à segurança, Rui Pereira seria um ministro menos desassossegado.