Diria que grande parte poderá estar à espera do seu primeiro emprego! Mas uma análise cuidada aos números de anos anteriores confirma-se que não houve alteração. i.e. não há mais desempregados na área ! Creio que tem os seus aspectos positivos.
e responder também não. estou convencido que são 40000 pessoas que têm tanta hipótese de dar aulas como de discursar numa Universidade de Verão de um partido qualquer à sua (deles) escolha. esta foi pelos meus amigos que vi chorar esta semana.
Exacto. Professores são aqueles que num momento X exercem essa profissão. Mas, claro, suas excelências acham que são professores por natureza por terem acabado certas licenciaturas...
realmente esta gente...tira os cursos e depois quer trabalhar na área. onde é que já se viu. deviam arranjar um trabalho duro, como escrever num blog, e passar o dia na net a colocar postas e a ler os outros...
Prezado Deus Perguntar não ofende, responder também não, mas ofende que os governos não sejam capazes de produzir informação bastanta, que evite que se formem em cursos para o ensino milhares de jovens, que acabam destinados ao desemprego. Muitos destes quarenta mil professores no desemprego serão, de facto, apenas licenciados com formação específica para o ensino, que não conseguem colocação, mas agora pergunto eu: teriam estes milhares de jovens apostado numa formação específica para dar aulas se soubessem, com algum grau de fiabilidade, as efectivas necessidades do sistema, nos diferentes grupos disciplinares? E, já agora, porque se demitem os governos de um papel regulador no ensino superior, sobretudo no que respeita às licenciaturas em ensino, quando é o Estado o principal empregador dos formados nestas licenciaturas? Se é mais do que louvável evitar um desnecessário excesso de docentes, não deixa de ser culposa a demissão dos vários governos nesta matéria. Uma última nota: quase que apostaria que, a continuar a atitude autista dos governos, dentro de uns anos teremos um problema inverso - não teremos licenciados em ensino que cheguem.
Depende. Os 40000 que andaram nos últimos anos a tapar buracos nas escolas dos cafundós de Portugal são professores ou licenciados que querem dar aulas?
Muitos desses 40.000 andaram a trabalhar a centenas de km fora de casa, com horários incompletos a ganhar entre 240 e 540 euros por mês, em prol de um sonho e, se quiser uma visão menos egoísta, a garantir que nenhum aluno ficava sem aulas só porque o horário disponível na escola era de 6 ou 12h semanais.
Tem filhos? Se tiver, muito provavelmente eles tiveram professores assim e você nem sabe. E se quer a melhor qualidade de ensino para eles, pense: um professor que ganha 540 euros, que trabalha a 200 km de casa, e cujo salário não lhe chega para pagar o T1 que alugou na sua terra natal, o quarto que se viu obrigado a alugar na terra onde dá aulas, a gasolina que gasta para poder ir ver os pais e a namorada aos fins de semana, mais luz, água e gás (vezes 2), telemovel e internet para poder pesquisar material para dar aulas, estará motivado para ensinar as 2 turmas que lhe foram atríbuidas com 40 alunos?
Não está! Mas não desiste. Pelo seu sonho e por esses alunos (que poderiam ser o seu filho).
E depois, se não for colocado no concurso seguinte e fizer parte desses 40.000, é acusado de não ser professor.
Estou a falar de mim, meu caro Rodrigo Moita de Deus!