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Manuela Ferreira Leite acusou ontem o governo de José Sócrates de controlar partidariamente a “administração pública”, de ter “uma acção pouco democrática" e de deixar o Estado "muito vulnerável à corrupção". Até acusou o governo de “enganar os portugueses”.
Um partido tomar de assalto a administração pública é “normal” porque os partidos são todos iguais. Ter uma acção pouco democrática na manutenção do poder é “normal” porque os políticos são todos iguais. Deixar o estado vulnerável à corrupção é “mais do que normal”. E enganar os portugueses? Enganar os portugueses é coisa “normalíssima” e absolutamente natural. Achamos normal que o digam ou achamos normal que o façam?
Manuela Ferreira Leite acusou o governo de José Sócrates de ser pouco sério. Francisco Louçã grita-o todos os dias. Mas as pessoas acham normal. Os comentadores dizem que são “evidências” E até o governo de José Sócrates encolhe os ombros. A política tem disto. As acusações banalizaram-se e as palavras perderam o significado. Tudo passou a ser “normal”. Demasiadamente normal. E por isso, sem consequências.