Tenho muitas dúvidas quanto à transferência de competências do ministério da educação para as autarquias. É que ele há escolas onde não cabe uma rotunda.
Apesar dos defeitos que podem existir na gestão dos municípios, a experiência dos níveis de ensino mais básicos tem demonstrado, de uma maneira geral, que estes têm sido mais eficazes do que o M.E. É que o Estado não é propriamente um modelo de racionalidade. E a história das rotundas pode ser passada para o Governo, que fez 10 estádios, faz auto-estradas onde não passa ninguém, quer fazer o TGV e demolir um aeroporto funcional...
Bem visto Nuno. O problema do municipalismo é que em vez de lidarmos com uma administração central irracional passamos a lidar com 400 administrações locais irracionais.
-Viseu, Caldas da Rainha, etc , na Rua de S.Caetano à Lapa existe uma formação (será na Univ . de Verão?) de plantação de rotundas, nas quais os autarcas sociais-democratas são catedráticos.
A mim o que me preocupa - sabendo como funcionam as autarquias - é a manápula dos Srs. Presidentes e correlegionários quer na contratação de docentes quer, inevitavelmente, nas actividades não-lectivas onde a propaganda e o folclore mais piroso vai com certeza instalar-se de pedra e cal. Ou seja, o Estado em vez de procurar despolitizar a Escola, para que os alunos pensem pela sua cabeça e sejam mais autónomos e livres, insiste em reforçar a dependência dos alunos. Em Trás-Os-Montes uma escola preparatória até criou os "Padrinhos" para os miúdos recém-chegados. Ao fim do cabo, têm que se habituar a pedir, não é?