por Rodrigo Moita de Deus, em 11.01.07
Este caso da Carolina Salgado mexe com um velho problema jornalístico. A questão das classificações editoriais. O que fazer quando um tema é transversal? Em que secção arrumá-lo?
À primeira vista seria secção de desporto. E o tema é muito mais desportivo do que parece à primeira vista. Mete imensa actividade física.
Porém, em tese, também serve para sociedade. Mesmo ao lado dos outros casos de justiça e violência doméstica.
E na política? Sim, política. Como se não bastassem os autarcas que são dirigentes desportivos, o caso mete vinganças, ódios pessoais, inseguranças e rasteiras baratas. Deve ser política de certeza.
Como se não bastassem tantas opções, Pinto da Costa e Carolina Salgado gostavam de brincar ao lobo mau e ao capuchinho vermelho. Existe por isso fundamento para os arrumar em teatro, na secção de cultura.
Por enquanto, e em caso de dúvida, o melhor é colocar o caso na única secção onde ainda não apareceu: adultos.