Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




"ainda sobre as falências"

por Rui Castro, em 19.09.08

O Kenneth Rogoff escreveu um importante artigo no Washington Post onde escreve que o facto de se ter optado por não intervir na Lehman foi um sinal positvo. Concordo, é importante que a factura desta situação seja efectivamente paga por quem a causou e que isso sinalize maior rigor em Wall Street. O problema é que é impossível enviar uma única factura para um único endereço, e o sinal emitido que, para além de se deixar alguns grupos falir, se está disposto a intervir para repor alguma confiança e proteger de catástrofes é essencial. Quem fica de que lado é uma decisão difícil, potencialmente subjectiva e, navegando algo à vista, poderemos retroactivamente encontrar algumas contradições sobre quem foi alvo ou não de intervenção, o que fará certamente imensa confusão aos puristas das extremidades para quem sempre tudo é claro. Mas como John Keynes uma vez disse, "it is better to be roughly right than to be precisely wrong". (Manuel Pinheiro) 


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

Imagem de perfil

De Henrique Burnay a 19.09.2008 às 09:47

"É importante que a factura desta situação seja efectivamente paga por quem a causou e que isso sinalize maior rigor em Wall Street." You came a long way, my friend.
Mais um pouco e ainda concluímos que o mercado financeiro não era autoregulado (e portanto a autoregulação não acabaou). Pelo caminho já concluímos que as falências não são um mal per se.
Já agora, o video do McCain é miserável. Nem ele, nem o comissário Almunia, vão acabar com a Ganância. E ainda bem que não vão. A diferença é que McCain está em campanha, e em campanha dizem-se coisas bastante disparatadas.
Imagem de perfil

De Rui Castro a 19.09.2008 às 10:13

Henrique, sugiro que leias o texto todo e que vás ler tudo o que escrevi sobre o assunto. Verás que, à semelhança de outros, me enfiaste num "saco" que não é claramente o meu. Abraço

Comentar post