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O Rodrigo está preocupado com os funcionários da Lehman Brothers. É uma preocupação legítima. E daí conclui (o salto lógico não é assim tão grande se se lerem os posts e os comentários que tem feito) uma quantidade de coisas, incluindo o fim da auto-regulação, descobre que o sistema financeiro negoceia em coisas que não existem ou cujo valor não é "real" (sic), que houve pessoas que, imagine-se, seguiram o conselho dos tipos da Lehman Brothers (e alguns enriqueceram assim, mas isso ele não diz) e, ainda não percebi muito bem, acha mal existirem falências ou acha que a intervenção do Estado para evitar as falências sugere que mais valia a banca ser pública. (Também há a hipótese de o Rodrigo estar apenas a dizer coisas sucessivamente, não necessariamente ligadas entre si, já que algumas parecem ser a negação do próprio conceito de mercado).

Antes que se entusiasmem e anunciem, alegres, o fim do capitalismo ou das economias liberais (e com elas, presumem, das falências, do desemprego e dos "valores não reais" das coisas) convinha que olhassem para as últimas décadas de sucesso económico, para todas as empresas que só nascem porque esse tenebroso sistema financeiro as financiou e elas puderam gerar empregos ( para pessoas "reais" que nas últimas décadas puderam comprar casas com que sonhavam) e desenvolver tecnologia. E olhar para o investimento nos países em rápido crescimento económico e perguntar-lhes se eles querem um sistema bancário público (ou lá o que é que defendem, vai na volta é só alguma mudança nas regras, mas até aceitam o essencial do actual sistema).

Esta coisa de ver umas árvores no chão e concluir que isto das florestas foi um grande disparate é, para sermos simples, uma tonteria.
 


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De AMD a 22.09.2008 às 23:39

A crítica implícita à referência de RMD aos bens "reais" (sic) é ligeira. Com tanta alavancagem, derivação, integração, futurização, riscalização,... o problema não é MESMO o perigo de se perder a noção -e a LIGAÇÃO- à REALIDADE??

Curioso seria fazer um paralelo (salvas as devidas proporções, é certo) entre a crise actual e o colapso da Afinsa, que geria bens ditos TANGÍVEIS na base do valor perceptível dos mesmos.

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