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Sobre o ViaCTT, que Pacheco Pereira tem incluído (bem) no capítulo da propaganda governamental, Luís Nazaré (o criador) defende-se, no Causa Nossa:
"Ao contrário do que Pacheco Pereira supõe, a introdução do Via CTT, em 2006, pouco teve que ver com desígnios propagandísticos do Governo, antes constituindo um movimento estratégico por parte dos Correios – a um tempo, de ataque e de defesa perante a ameaça das plataformas digitais; o Governo limitou-se a apoiar, sem quaisquer custos para o orçamento de Estado, o seu lançamento público, enquadrando-o na matriz de concessão do serviço postal".
Dias antes da cerimónia pública, Mário Lino dizia aos microfones da renascença: ""Há 10 milhões de caixas disponíveis para todas as pessoas. Quem quer aderir ao sistema, preenche os dados que são solicitados e é atribuída uma password. Qual é a vantagem? É uma forma absolutamente segura, não há cartas extraviadas, o carteiro não se enganou no andar, a carta não é aberta por ninguém, a caixa de correio não é violável e a pessoa tem ali a sua correspondência das empresas que quer e pode responder à carta pela mesma via",
Foi o Governo que elevou as expectativas em torno do serviço dos CTT, através de José Sócrates e Mário Lino.
Se Luís Nazaré não queria ver a sua caixa de correio escrutinada pelo grande público, não tivesse permitido que o Governo em peso se "colasse" à iniciativa.