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É claro que sou sensível ao argumento do não casamento causar estigma social. E defenderia o casamento gay se acreditasse que isso resolveria o problema. Porém não é o casar ou não casar que resolve qualquer estigma. Pelo contrário.
O casamento "tradicional", enquanto instituição fundadora da sociedade, acabou algures entre 1976 e 86. Não há pressão para casar, não há descriminação para os solteiros ou os divorciados. O casamento, enquanto instituição, acabou.
Ficou o ideal. A imagem romântica da noiva vestida de branco entrando pela igreja ao som de Schubert. E o juramento de fidelidade no altar (algo a que os gays nunca vão ter acesso). Sim. Depois destas voltas todas no tempo voltámos à base. O casamento vale pelo acto religioso.
Caminhamos para uma sociedade cada vez mais liberal. Amamos quem queremos e quando queremos. Os gays são livres da pressão social que ainda existe e das fantasias dos amores de final felizes. Os gays deviam aproveitar. O irónico e ridículo nesta discussão é que a maior parte dos gays já o faz. Eles, melhor que ninguém, sabem o que lhes custou conquistar essa liberdade.