e o senhor não gosta de esperar

por Rodrigo Moita de Deus, em 11.10.08

O João Galamba acha que a recomendação da Igreja é um dogma. Pois. Teria que lhe explicar o que é um dogma católico. Teria que lhe explicar que os “castigos” da Igreja para quem não cumpre recomendações não são deste mundo. Concluiria depois que não é a utilização do preservativo leva as nossas alminhas para o inferno. Mas enfim. Vamos ao que interessa. O que o João chama, em género propagandístico, de “celibato e fidelidade” tem, na realidade, o nome de sexualidade responsável.

Advogando, por crença doutrinária, uma sexualidade responsável a milhões e milhões de pessoas nos cinco continentes, a igreja é a maior, mais importante e mais eficaz organização no combate ao vírus da SIDA. Muito maior e muito mais eficaz que qualquer campanha de qualquer Abraço.

Vá João. Ou bem que a igreja tem poder de influência sobre os seus fieis e então tens de reconhecer este papel pedagógico. Ou bem que não tem e estamos a gastar megas para nada. Decidas o que decidires o Senhor Cardeal Patriarca está à espera da tal chamada.

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lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

De Hugo Pinto Abreu a 11.10.2008 às 17:05

Está enganado. A utilização de contraceptivos é um pecado grave, e um pecado grave se for cometido com total advertência, liberdade e consentimento, é pecado mortal, e, portanto, se não for confessado (com genuíno arrependimento e intenção de não voltar a pecar) acarreta a pena eterna. Não é nenhuma "recomendação", não sendo um dogma.

De Catarina a 11.10.2008 às 18:23

"O que o João chama, em género propagandístico, de “celibato e fidelidade” tem, na realidade, o nome de sexualidade responsável. "

Esta frase é de uma imbecilidade tal que consegue estar ao nível das top ten do césar das neves. Mas pior que imbecil é a hipocrisia por detrás dela. Mais do que isso: um desprezo profundo por aqueles que vivem na maior das misérias e não têm nem acesso aos métodos que toda a gente no mundo civilizado utiliza quando não quer ter filhos.

De Anónimo a 11.10.2008 às 23:50

e que a Igreja diz para não serem usados. aí está, como a Igreja é a instituição mais igualitária de todas. profundo desprezo seria a Igreja obrigar ao uso do preservativo e, quem não tivesse dinheiro, azarete e bilhete de ida para o inferno

De Pedro Sá a 13.10.2008 às 10:04

Sem prejuízo da expressão "sexualidade responsável" ser infeliz - ou o RMD também defende só o sexo depois do casamento ?...

...o seu último parágrafo é lapidar. E, de facto, outros deviam fazer como eu. Não dizer que uma confissão religiosa à qual não se pertence devia ter esta ou aquela posição.

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