31 da Armada

Eu gosto de Carlos Queiroz. Mas alguém lembrava que Carlos Queiroz era um treinador com azar. Sim. Feitas as contas há treinadores com sorte e há treinadores com azar.

Mourinho é um treinador com sorte. Ganha e ninguém percebe muito bem como. Scolari é outro treinador com sorte. Trappatoni, com os golos de mantorras aos 90 minutos, foi um treinador cheio de sorte. Peseiro, Couceiro, e outros que mais, são bons treinadores. Mas com azar. Perdem jogos como Mourinho os ganha: sem saber como.

E, nesta vida, o azar de Queiroz foi ter perdido aquele jogo com a Dinamarca. O jogo custou-lhe três pontos e a coragem de arriscar. A coragem de jogar para ganhar e "dar espectáculo" como tantas vezes repetiu antes. 

Sem coragem, a equipa vacila, o treinador enerva-se, os jogadores tremem e tudo o resto decorre.