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Die Hard

por Rodrigo Moita de Deus, em 03.11.08

Quando tentava ser piloto John McCain despenhou dois aviões. Colidiu um outro contra uma linha de alta tensão. Voltou a ter um outro acidente desta feita a bordo de um porta-aviões. O incêndio causado acabou por matar 134 marinheiros. Pouco tempo depois. McCain que já tinha perdido quatro aviões, foi abatido sobre Hanoi. Partiu dois braços e uma perna. Esteve seis meses detido com cuidados de saúde primários. Perdeu 23 quilos. Quando recusou ser libertado espancaram-no. Partiram-lhe o braço outra vez. Foi detido em solitária onde passou anos e sobreviveu ao bombardeamento da cidade ordenado pelo próprio pai.

McCain volta finalmente para casa e para modelo com quem tinha casado. Alguns meses mais tarde a mulher tem um acidente grave de carro e fica entrevadinha. Volta a casar e dedica-se à política. Os filhos não lhe perdoam o casamento. A nova mulher ficou viciada em analgésicos. É envolvido num escândalo de corrupção. Candidatou-se a presidente. Perdeu nas primárias contra um jovem com fama de pouco inteligente. Acabou a campanha e foi-lhe diagnosticado um cancro. Cura o cancro. Passam uns tempos. Tem de ser operado novamente. Não desiste. Candidata-se outra vez. Terça-feira corre o risco de perder as eleições para um negro.

Gosto de McCain. Mas se esta não é a biografia do homem mais azarado do planeta, vou ali e já volto.    

 


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De PDuarte a 03.11.2008 às 11:06

então mas espera aí, que tens de esclarecer uma coisa.
o último azar é o de ele perder as eleições, ou o de ele perder as eleições para um negro?!!!
com a dra Manuela com o azar que teve este fim de semana, daqui a mais o que não te vai faltar é pessoal a questionar o que é que realmente se aprende nas universidades de verão.
tem cuidado Rodrigo. eu também gosto de ti, mas tu às vezes procuras o azar.
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De Rodrigo Moita de Deus a 03.11.2008 às 12:33

Tanto medo nas palavras. O azar é perder para um negro. Se Obama vencer as eleições esse é um facto histórico. Há dez anos, há vinte anos, há trinta anos isso seria impossível (a tal coisa que não lhe chamam casa branca por acaso). McCain estar, outra vez, do lado errado da história é mais do que azar. É uma fatalidade.

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