por Henrique Burnay, em 17.01.07
Um ataque à bomba no Iraque, sim. Mas nem tudo é apenas o que parece.
““A situação que se vive no Iraque é difícil, dolorosa, é uma luta contra os terroristas. Mas, apesar das dificuldades, a situação não é, de maneira nenhuma, tão má quanto se vê nos media internacionais. O Iraque não é apenas os ataques aos civis.” Mais. “Fizemos duas eleições e uma Constituição que é única naquela parte do mundo.” Mais ainda. “O Iraque é vítima dos males que afectam o mundo, não é a sua causa.” E mais. “As dores da transição desvanecem-se face à tirania do tempo de Saddam. Por vezes estas dificuldades actuais são usadas para contestar a moralidade da decisão de remover a ditadura. Não o devemos fazer. A democratização do Iraque é uma obra monumental.”
E agora? “Precisamos de uma coligação contra o terrorismo que funcione. O futuro do Iraque é vital, não só para os iraquianos mas para todo o mundo. Espero que as dificuldades actuais não sejam usadas para partir. Pelo contrário. Roma não se fez num dia. Estamos a construir uma democracia no meio de uma batalha contra extremistas e terroristas internacionais. Uma sociedade democrática e pluralista no Iraque é difícil, mas é possível.” Quanto aos militares: “a maioria dos iraquianos reconhece a contribuição dos polícias e militares. E todos reconhecemos que é necessário que sejam os iraquianos a liderar. Temos problemas, há violações dos Direitos Humanos, isto é um trabalho em curso”.
E a seguir? “Uma retirada antecipada criaria um vácuo e abriria caminho a ainda maiores complicações”. A União Europeia? “Devia investir muito mais no sucesso da transição no Iraque.”
E continua…
Barham Salih, o vice primeiro-ministro Iraquiano,
na Atlântico que está nas bancas. Cortesia Couve de Bruxelas/PPM