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Double standards

por Francisco Mendes da Silva, em 02.12.08

Não sei se se estudam estes casos práticos nas escolas de jornalismo (sim, agora existem cursos para se aprender a ser jornalista). Seria bom, pelo menos, que se fossem registando os double standards dos media políticos portugueses. Por exemplo: a líder de um partido de centro-direita utiliza uma ironia inócua como recurso oratório e o mundo indigna-se com o que considera o descuidado revelar de uma mente fascista; no entanto, uns dias depois, um partido de esquerda recebe no seu congresso delegações dos regimes mais vergonhosos que a humanidade conheceu, de países onde a democarcia se encontra suspensa há bem mais do que seis meses, e o mesmo mundo divide-se entre aqueles que acham a coisa perfeitamente normal e, na melhor das hipóteses, aqueles que vêm o dito partido como uma mera relíquia, algo que deve ser aceite como uma saudável manifestação de pluralismo extravagante e pitoresco.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Lourenço a 02.12.2008 às 14:39

Estou profundamente solidário com este tipo de considerações, mas prefiro interpretar estes factos como um sinal de condescendência face ao PCP, por oposição ao tratamento que é dado a quem se deve levar a sério. Isto não serve como desculpa, apenas como bálsamo perante a «comunicação social».

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