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Um homem foi atingido a tiro hoje à tarde à porta de um estabelecimento de diversão no Bairro Alto, Lisboa, após uma "desavença" com outro homem que a polícia ainda não identificou, disse à Lusa fonte da PSP.
O meu poste anterior desactualizou-se à velocidade de uma bala.
Informação adicional: A vítima foi conduzida ao Hospital São José e está livre de perigo.
"Valeu a pena e teve efeitos imediatos", disse à Lusa o proprietário de um restaurante no Bairro Alto, Floriano Moreira, que desta forma sintetiza a sua opinião sobre a eficácia do reforço do policiamento naquela zona, que desde 01 de Agosto os comerciantes e empresários locais pagam.
Recordo as declarações de Rui Pereira, que considerou como "normal" o policiamento pago por empresários.
Os resultados do policiamento pago, de acordo com os comerciantes desprotegidos, teve bons resultados. Disse aqui e agora confirma-se: "o insuficiente policiamento no Bairro Alto não se devia à falta de efectivos, mas antes à ausência de uma "pequenina compensação monetária" por parte dos desprotegidos, para que a autoridade fizesse o seu trabalho".
Em coerência com o pensamento de Rui Pereira, esta pode ser mesmo a solução para o problema da criminalidade violenta: se os comerciantes que são sucessivamente assaltados pagarem o policiamento, é provável que deixem de ser assaltados. Os próprios ourives do interior do país, que se deslocam entre feiras, podem pagar a escolta policial à sua actividade para deixar de ser assaltados. E se as transportadoras de valores pagarem a escolta às suas carrinhas, talvez deixe de haver assaltos sofisticados nas já vigiadíssimas concessões rodoviárias.
Assim, com todos a pagar do seu bolso o direito à segurança, Rui Pereira seria um ministro menos desassossegado.
Estima-se que o espectáculo de ontem do Joaquín Cortés na marginal de Matosinhos tenha custado 160 mil euros à autarquia. Sim, trinta e dois mil contos em moeda antiga. E foi “um dos espectáculos mais caros, mas não o mais caro” que ocorreu naquela cidade, diz o vereador da Cultura da Câmara Municipal, Fernando Rocha.
A verdade é que, esta época, nenhuma equipa conseguiu derrotar o Benfica.
Portanto ele está numa situação extrema e corre risco de vida. Consegue chegar ao telemóvel e manda uma mensagem. A quem? À namorada. E diz o quê? Pede ajuda da polícia? De alguém? Não. A situação é perigosíssima. Ele pode morrer a qualquer momento e diz para ela ir lá ter.
Joaquín Cortés e N. Campbell
Quase no fim do espectáculo fantástico [e longo! – pensei que, por ser de borla, ia ser uma amostrinha] que foi o de ontem, Joaquín Cortés diz que quer desejar a actuação dessa noite à mãe. Atrás de mim, logo uma rapariga exclama sarcasticamente para a amiga:
– Pois! Giros e bons e… filhos da mãe, claro!
Com a quantidade de jogadores lesionados é provável que precisemos de peças.
A expulsão de Katsouranis foi a sorte de Quique Flores. De outra maneira tinha que explicar o que correu mal.
Quaresma ou não Quaresma. Assunção ou não Assunção. Não faço ideia. O que sei é que o Porto hoje não ganhou porque foi cobardolas.
O Benfica só marcou quando Aimar saiu do campo. O melhor jogador do Porto foi Rodriguez.
Di Maria e Reyes caiam com caimbras. Aimar saiu lesionado. Leo saiu lesionado. Yebda não saiu porque já não havia mais substituições. Reabriu o Hospital da Luz.
Vi o jogo com o meu filho de quatro anos. Coitadinho. Não percebeu por que razão o Benfica, a jogar em casa, não conseguiu ganhar o jogo. Nasceu vinte anos atrasado.
também foi eleita vice-presidente
Casamento gay sim. Mas só com a lei do divórcio de Cavaco Silva.
O concerto dos Beatles no Shea Stadium, em 1965, foi um ponto de viragem na carreira dos quatro de Liverpool. Dezenas de milhar de pessoas aos gritos, pouquíssimo interessadas em escutar a música, impediram inclusivamente os músicos de se ouvirem uns aos outros. Impressionados com o delírio filistino dos seguidores e frustrados com o atraso da tecnologia - que ainda não permitia o poder sonoro dos grandes concertos de hoje -, Macca, Lennon, Harrison e Ringo decidiram deixar de tocar ao vivo e dedicar-se a aprimorar a escrita de canções e a experimentar as potencialides do estúdio de gravação. Daí em diante, foi o que foi: o Rubber Soul, o Revolver, o Sgt. Pepper's, o Magical Mystery Tour, o álbum branco, o Abbey Road e o Let It Be. Quatro anos maravilhosos.
A rock star Barack Obama teve ontem o seu Shea Stadium. Só que, apesar da gritaria e da choradeira, a técnica sonora lá lhe permitiu continuar a deliciar-se com as "suas" palavras e a ser ouvido. Pelo que não houve uma epifania beatleiana e não parece que, caso seja eleito, venhamos a ter quatro anos mais enxutos de cançonetismo popularucho.
Ontem vi o discurso em directo, consciente da importância histórica do momento e, portanto, sinceramente disposto a ser arrebatado. Também eu tenho o meu módico de mitomania. Mas o que vi foi pouco mais que pobrezinho. Para líder inspirador do Mundo Livre, todo aquele populismo rasteiro e piadolas é de uma insuficiência atroz.
Bem espremida a prestação, o que é que tivémos?
Em primeiro lugar, o argumento familiar de sempre, repetido até à náusea: o homem merece ser Presidente do seu país por causa da maravilha que são a Michelle e as petizes, pelas dificuldades que a mãezinha e o paizinho tiveram de suportar durante a vida, etc, etc. Como se isso (seguramente importante e admirável) desse substracto às ideias e credibilidade à candidatura. Como se tudo isso fosse uma categoria política. (Gostaria que McCain não fosse pelo mesmo caminho, utilizando o seu passado de prisioneiro de guerra, mas não tenho grandes esperanças).
Depois, um recrudescer da fulanização cretina contra McCain, com simplismos retóricos que deveriam envergonhar um blogger diletante, quanto mais um candidato a Presidente dos Estados Unidos da América. O melhor exemplo foi aquela insinuação de que McCain não estaria muito empenhado em apanhar Bin Laden.
Finalmente, também não faltou a velhinha retórica do populismo económico: roubar aos malvados dos ricos para dar aos pobres, com um elenco de propósitos inexplicáveis. Desde logo, uma "medida" que vou apontar para memória futura: "fechar" paraísos fiscais. Quais? Onde? Fora dos EUA? Como? Invadindo os territórios e depondo os respectivos governos? Ou estava a falar dos regimes favoráveis que existem dentro do território americano? Mas como contornará a soberania dos Estados nessa matéria e, antes de mais, os governos desses Estados? E, já agora, se "fechasse" os "paraísos fiscais" americanos, como impediria que os seus utilizadores passassem a utilizar os dos territórios estrangeiros? E o que diria aos seus grandes financiadores?
O resumo ideológico da proposta Obama (pelo menos na sua versão verbalizada que escutámos ontem) é bem claro: desmontar a "ownership society", alegadamente entendida em Washington como a sociedade do "desenrasca-te a ti próprio". O problema é que, segundo o próprio Obama, o objectivo dessa proposta é o de restaurar a força do "sonho americano". O qual - esquece o candidato - foi construído, precisamente, à conta do "desenrasca-te a ti próprio". O Estado paternalista que Obama defende é o oposto acabado do modelo em que assentou a prosperidade da América. Toda a base programática da sua candidatura é, portanto, um grande paradoxo. E, já agora, estranho cada vez mais que pessoas que, para efeitos domésticos, passam a vida a deplorar os lirismos esquerdistas dos Louçãs e dos Jerónimos, dos Alegres e dos Soares, venham agora entusiasmar-se com este discurso, só - aparentemente - por razões de estilo. Será talvez porque, pronto, é moda lá fora. Mas a isso, na minha terra (da província), chama-se provincianismo.
Pois bem: o discurso foi bonito, muito bem estruturado e magnificamente dito - como um concerto de alinhamento perfeito e delivery antológica. Mas Obama deveria procurar lá no disco dos Smiths que o David Cameron lhe deu aquela canção sobre música oca. Because the music that he constantly plays, it says nothing to me about my life.
Na convenção democrática a multidão aclamou o nome do último presidente democrata: bill! bill! bill! Antes destas primárias gritariam pelo apelido.