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Sei que no passado fiz alguns comentários impróprios sobre o papel dos sindicatos nos problemas do sector da educação. Por vezes, de forma imprudente e leviana, acusei-os de corporativismo, parcialidade partidária e de interesse ideológico. Fui ainda mais longe. Mas isso agora não interessa para nada.
O que interessa é que neste ano novo deitei fora velhos preconceitos. Deitei fora ideias feitas e lugares comuns. Neste ano novo sou um homem novo. E para o provar vou aqui dar eco de mais uma meritória iniciativa da Fenprof.
Pois é. A Fenprof sabe, melhor que ninguém, o quão desgastante é o ensino. A Fenprof sabe, melhor que ninguém, a necessidade de uns dias calmos e tranquilos nos mares das Caraíbas. Vai daí promove um magnífico concurso cujo prémio são cinco magníficas viagens à ilha de Cuba. O concurso, com o nome “Cuba, quero conhecer-te melhor”, é promovido em conjunto com a insuspeita Embaixada de Cuba em Lisboa.
Faz bem a Fenprof e o desafio é estimulante intelectualmente. A ideia é puxar pela criatividade dos nossos stores. Ganham as viagens os cinco melhores trabalhos em cinco diferentes temas:
Triunfo da Revolução Cubana 1 de Janeiro de 1959
Ernesto Che Guevara (Guerrilheiro Heróico)
Os 5 heróis (jovens lutadores anti-terroristas, prisioneiros nos EUA hoje)
José Marti (Herói, ideólogo e poeta de Cuba)
10 de Outubro, início da 1ª guerra de independência de Cuba.
Sem querer castrar a criatividade, a Fenprof deixa algumas sugestões aos seus associados: “Com Cuba no coração estimule e ajude nestas pesquisas e realizações os alunos, filhos e amigos dos seus filhos a conhecerem melhor, através de alguns personagens heróicos, como se forja a dignidade deste Povo, desde as lutas pela independência no século XIX até à actualidade.”
Com Cuba no coração. Coisa mais linda. Retiro tudo o que disse sobre a Fenprof e o camarada Mário Nogueira. Mais ainda retiro. É que a Fenprof sempre primou pela igualdade. E isto de promover concursos premeia os melhores. E isso é mau. Vai daí há prémios de consolação e dos quais destaco: “sessão de convívio na Embaixada de Cuba”. Pois é. Nem todos podem apertar a mão ao tio Raul mas ninguém fica sem uma “sessão de convívio”para “conhecer melhor Cuba”.
E agora digam lá se este extraordinário exercício de altruísmo não é coisa para vermos os protestos dos professores com outros olhos? Como eu.