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hasta la victoria

por Rodrigo Moita de Deus, em 06.01.09

Sei que no passado fiz alguns comentários impróprios sobre o papel dos sindicatos nos problemas do sector da educação. Por vezes, de forma imprudente e leviana, acusei-os de corporativismo, parcialidade partidária e de interesse ideológico. Fui ainda mais longe. Mas isso agora não interessa para nada.

O que interessa é que neste ano novo deitei fora velhos preconceitos. Deitei fora ideias feitas e lugares comuns. Neste ano novo sou um homem novo. E para o provar vou aqui dar eco de mais uma meritória iniciativa da Fenprof.

Pois é. A Fenprof sabe, melhor que ninguém, o quão desgastante é o ensino. A Fenprof sabe, melhor que ninguém, a necessidade de uns dias calmos e tranquilos nos mares das Caraíbas. Vai daí promove um magnífico concurso cujo prémio são cinco magníficas viagens à ilha de Cuba. O concurso, com o nome “Cuba, quero conhecer-te melhor”, é promovido em conjunto com a insuspeita Embaixada de Cuba em Lisboa.

Faz bem a Fenprof e o desafio é estimulante intelectualmente. A ideia é puxar pela criatividade dos nossos stores. Ganham as viagens os cinco melhores trabalhos em cinco diferentes temas:

Triunfo da Revolução Cubana –1 de Janeiro de 1959
Ernesto Che Guevara (Guerrilheiro Heróico)
Os 5 heróis (jovens lutadores anti-terroristas, prisioneiros nos EUA hoje)
José Marti (Herói, ideólogo e poeta de Cuba)
10 de Outubro, início da 1ª guerra de independência de Cuba.

Sem querer castrar a criatividade, a Fenprof deixa algumas sugestões aos seus associados: “Com Cuba no coração estimule e ajude nestas pesquisas e realizações os alunos, filhos e amigos dos seus filhos a conhecerem melhor, através de alguns personagens heróicos, como se forja a dignidade deste Povo, desde as lutas pela independência no século XIX até à actualidade.

Com Cuba no coração. Coisa mais linda. Retiro tudo o que disse sobre a Fenprof e o camarada Mário Nogueira. Mais ainda retiro. É que a Fenprof sempre primou pela igualdade. E isto de promover concursos premeia os melhores. E isso é mau. Vai daí há prémios de consolação e dos quais destaco: “sessão de convívio na Embaixada de Cuba”. Pois é. Nem todos podem apertar a mão ao tio Raul mas ninguém fica sem uma “sessão de convívio”para “conhecer melhor Cuba”.

E agora digam lá se este extraordinário exercício de altruísmo não é coisa para vermos os protestos dos professores com outros olhos? Como eu.  


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Henrique Burnay a 06.01.2009 às 12:10

Rodrigo, que injusto. Sectário seria impor isso nos programas, coisa que certamente a fenprof não faria. Agora um pouco de amor a Cuba, bolas, qual é o mal? E estimular os alunos a admirar os heróis vilmente presos nas cadeias do imperialismo americano, que mal tem? Francamente que má-vontade.
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De António Pais a 07.01.2009 às 01:32

Oh Rodrigo, vá dar aulas numa escola pública na Musgueira e depois venha falar comigo desta avaliação dos professores, pode ser?
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De p D s a 06.01.2009 às 12:42

pois, mas Rodrigo, acho que o tal concurso foi já anulado ...


...parece que já havia bastantes inscrições de muitos professores...


...mas quando perceberam que para estabelecer a classificação, os trabalhos e autores seriam (vejam bem...tss..tss...tss) : ....AVALIADOS !!!

vejam bem a desfaçatez deste sindicalistas, apre!!!Os professores já reclamaram e já desistiram ...
acho que vai mesmo ficar sem efeito ...e as viagens vão ser atribuidas pelos anos de serviço !!!

,o)
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De Lura do Grilo a 06.01.2009 às 23:24

Se Mário Nogueira levar as propostas por diante e e imitar o modelo Cubano então é que os professores verão a realidade crua e dura. Um professor cubano, mesmo universitário, não ganha para comer. Os velhos Castro e capangas deviam ser julgados: roubaram a milhões mais que bens materiais. Roubaram-lhes milhões de sonhos, roubaram-lhes milhões de vidas, trataram o povo como manadas de animais acéfalos. O sonho e o direito de cada um dispor da sua própria vida e decidir livremente o que fazer com ela: criar, investir, viajar, inovar, etc nunca chegou. Ou seja isto é um regime esclavagista encapotado que dura vai para 50anos com a bênção de pobres de espírito que se dizem progres.

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