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O Estado socialista a que nos habituaram gosta de ser omnipresente e omnipotente. Omnipresente e omnipotente em todo e qualquer aspecto da vida dos Portugueses, desde a quantidade açúcar que colocamos no café, passando pela forma como nos sentamos no banco de um automóvel, até à recente proposta de limitar o teor de sal do pão que comemos.
Em nome da saúde pública, ou em nome de qualquer outro bem comum magnificente, a fúria legislativa condiciona cada vez mais a nossa liberdade de acção, reduzindo sucessivamente a capacidade dos Portugueses de responderem pelos seus próprios actos.
A função do Estado, principalmente no que concerne a saúde, é a de disponibilizar informação correcta e verdadeira e responsabilizar os Portugueses pelas opções tomadas. Se não queres andar de capacete, vais escacar a pinha e podes até ficar tetraplégico. Estarás disposto a pagar os custos da estadia de um mês ou mais numa Unidade de Cuidados Intensivos? Terás dinheiro para pagar a fisioterapia para o resto da vida? Queres entupir as artérias de gorduras polinsaturadas, revestir o pâncreas de açúcar e encharcar o rim de sal? Tudo bem, mas olha que tomar antihpertensores, dislipidémicos e antidiabéticos orais vai te sair do bolso.
O Sistema Nacional de Saúde, tal como está desenhado, desresponsabiliza totalmente o cidadão pelas opções de vida que toma. Pagam todos pelas irresponsabilidades de poucos. Não existe uma cultura de hábitos de vida saudável, porque, como já escrevi no blogue da Atlântico,: «o cidadão não sabe, nem aprende. Não precisa», O Estado andará sempre com os Portugueses pela mãozinha, dizendo o que podem ou não fazer, o que podem ou não comer, pagando a conta no fim.