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homofobia

por Rui Castro, em 19.01.09

"A moção apresentada pelo secretário-geral do PS contempla a remoção das barreiras jurídicas à celebração de casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Não propõe mais nada. Se o congresso aprovar a moção, a posição do PS continuará a ser contrária à adopção de crianças por parte de casais formados por pessoas do mesmo sexo"

A proposta de José Sócrates é, obviamente, homofóbica. Ou bem que são iguais e merecem direitos iguais - sem excepção -, ou bem que são diferentes e devem ser tratados de forma diferente. Ficar a meio caminho é que não.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De L M D a 19.01.2009 às 19:09

Como aqui há dias escrevi, interessa-me mais saber se esse assunto, nestes tempos de crise é de verdadeiro interesse nacional. Estou em crer, que é mais uma nuvem para distrair o povo dos verdadeiros problemas que o país enfrenta.
cpmts
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De Marta Prof Farta a 19.01.2009 às 19:15

Concordo com LMD.
Por outro lado, sou contra casamentos entre homossexuais.
Vou começar a campanha contra.
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De irritado a 19.01.2009 às 19:26

É precisamente o contrário. Se se permite o "casamento", sem mais observações, permite-se a adopção, que é um direito dos casados. Se não fala na adopção, é para apanhar os papalvos que acham que é só "casamento".
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De José a 19.01.2009 às 19:40

Não é bem assim. Quem pode recorrer à adopção são pessoas solteiras (sejam homossexuais ou não), casados e em união de facto (exclusivamente uniões de facto entre pessoas de sexos diferentes). Como vê arranjar excepções em estatutos supostamente iguais não é de grande dificuldade.
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De J2P a 19.01.2009 às 19:33

Com o que já aí está, e na certeza do que ainda está (de pior,claro...) para nos cáir em cima, esta cambada não tem mais nada com que se preocupar além de (literalmente) paneleirices?...
Tornem a votar "nisto", não se esqueçam...
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De Dasse a 19.01.2009 às 19:34

Com essa do casamento gay é que o Sócrates vai ter maioria absoluta para o resto da vida.
Valha-nos São Hugo Chavez!
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De JPG a 19.01.2009 às 19:59

«1 - Podem adoptar plenamente duas pessoas casadas há mais de 4 anos e não separadas judicialmente de pessoas e bens ou de facto, se ambas tiverem mais de 25 anos.»

A julgar pelo teor da lei da adopção (120/98, cf. http :/ www.verbojuridico.net legisl /1998 dl98_120.html ), que certamente, apesar de "engenheiro", o PM conhece, uma coisa implica a outra.
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De PDuarte a 19.01.2009 às 21:49

seria bom, que ao menos por aqui, não se acordassem moscas que estão a dormir.
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De Joaquim Amado Lopes a 20.01.2009 às 00:03

Rui Castro:
Ou bem que são iguais e merecem direitos iguais - sem excepção -, ou bem que são diferentes e devem ser tratados de forma diferente. Ficar a meio caminho é que não.
E por que razão é que, sendo diferentes, devem obrigatoriamente ser tratados de forma diferente em tudo?
Por que é que não podem ser iguais para a união civil (que não envolve outras pessoas, apenas direitos e deveres) mas serem diferentes para a adopção de crianças?

Para que fique claro:
1. sou contra a adopção de crianças por homossexuais por uma única razão: quem a defende apresenta-a sempre como um direito dos homossexuais, não como uma vantagem para as crianças (maior probabilidade de serem adoptadas).

2. sou a favor da possibilidade de união civil entre pessoas do mesmo sexo mas que não se chame casamento, pela "bagagem" histórica que o termo carrega.
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De p a 20.01.2009 às 11:23

Cheira-me que esta proposta, surgida neste momento, está relacionada com o relógio biológico do nosso primeiro ministro
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De Afonso Azevedo Neves a 20.01.2009 às 15:28

Só para recordar que se o casamento civil, contrato civil de casamento ou outra terceira figura jurídica a que se queira chegar visa, de certa forma, fazer valer os direitos de pessoas livres de se unirem em vida comum, já no caso da adopção estamos a falar de um instituto que não tem por objecto dar resposta ás aspirações de um casal em adoptar, nem sequer é isso que está em causa, mas responder aos direitos e aspirações de uma criança em ter uma família.A questão parece residir se, no país em que vivemos, na nossa sociedade, essas crianças terão as suas aspiranções respondidas e o seus direitos protegidos sendo adoptadas por uma família homossexual.
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De Rui Castro a 20.01.2009 às 16:11

Se os considerares iguais - critério utilizado pelos adeptos da causa - para justificar o casamento, não percebo a razão que obsta à adopção, mesmo quando estão em causa direitos de terceiros.
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De Joaquim Amado Lopes a 20.01.2009 às 21:15

Seguindo essa lógica, então paraplégicos surdos podiam ser jogadores de futebol. Afinal, se podem ser comentadores de golfe...

O Rui Castro não vê precisamente aí ("estão em causa direitos de terceiros") uma justificação da diferença na conclusão?
As duas situações (matrimónio e adopção) não são iguais nem sequer comparáveis.
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De Rui Castro a 21.01.2009 às 09:16

Caro Joaquim Amado Lopes,
O que eu pretendo pôr em causa é o princípio.
Vamos a ver: os defensores da causa afirmam que os homossexuais são discriminados por não poderem casar. Dizem eles que não há diferenças (apesar de, durante anos, terem clamado pelo direito à diferença). Este é o ponto de partida.
Logo, em coerência, mesmo perante terceiros, a igualdade mantém-se, não subsistindo dúvidas de que a proibição da adopção (ou a sua impossibilidade) é também ela discriminatória.
Nota: pessoalmente, considero que os homossexuais não devem poder casar civilmente nem tão-pouco adoptar. E não considero a minha posição discriminatória, pois parece-me que estamos perante realidades distintas que merecem diferentes tratamentos do ponto de vista legal. A solução inglesa da "união civil registada" parece-me ser uma possibilidade.
Abraço
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De Joaquim Amado Lopes a 21.01.2009 às 22:57

Rui,
O argumento de que não existem diferenças para efeitos de casamento não implica que são iguais em tudo. Quanto mais não seja porque, se os homossexuais fossem em tudo iguais aos heterossexuais, não seriam homossexuais.

Clamaram (e muito bem) pelo direito a serem diferentes em termos de orientação sexual e reclamam (já não tão bem, na minha opinião) que essa diferença não deve impedi-los de se casaram com quem bem entenderem.

Esteja à vontade para discordar do casamento ou união civil entre pessoas do mesmo sexo. Mas, por favor, não confunda "o que sou diferente não deve impedir-me de casar" com "o que sou diferente não deve fazer diferença em nada". Casamento e adopção são questões completamente diferentes.

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