Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
um ser humano tem, necessariamente, que ter consciência dos seus actos.
Ser autónomo, independente. Legislar para si próprio ou, voluntariamente, submeter-se a uma qualquer moralidade heterónoma.
Um existente que se compreende a si próprio como um projecto inacabado, e que conscientemente se confronta no quotidiano com a sua singular condição: alguém que não sabe, que ainda não é, e que por isso tem que decidir e chegar a ser.
Algo que todos os dias valoriza. Que quer ser mais vida e que quer ser mais que a vida.
Posto isto, concluo que uma pessoa em coma (*) é, necessariamente, ... um feto.
(*) Antes que Vasco M. Barreto me venha atezanar a paciência, esclareço que esta pessoa está, por exemplo, no grau 4 da escala de Glasgow.