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A ditadura judicial

por Francisco Proença de Carvalho, em 28.01.09

Ao contrário de muitos, penso que mais perigoso do que o poder político interferir no poder judicial, são os órgãos judiciais fazerem política. A razão é simples: os políticos nós elegemos, censuramos nas urnas, podemos criticar abertamente. Um político corrupto, desonesto ou incompetente, mais tarde ou mais cedo, acaba, pelo menos, julgado pelo povo. Relativamente aos agentes judiciais nada disso acontece… Em Portugal, sob o pretexto da total independência, temos um sistema judicial profundamente anti-democrático. Somos obrigados a partir do princípio que todos os políticos são uns malandros e, em contraposição, todos os senhores procuradores e juízes são uns santos. Mas se não forem? Quem os julga? Quem os fiscaliza? Obviamente, nem todos os políticos são uns malandros e, infelizmente, nem todos os agentes da justiça são uns santos…

Nunca entendi aquelas pessoas que dizem: “confio na Justiça!”. Confiam em quem? Na balança? Eu não confio na Justiça… Confio em algumas pessoas, mas desconfio profundamente de outras, que mais do que fazer Justiça, adoram protagonizar grandes enredos políticos, mas sem se submeterem ao jogo democrático…
Numa verdadeira Democracia, é inaceitável que exista um poder tão importante como o judicial, que esteja totalmente à margem da fiscalização popular.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De pjmodm a 29.01.2009 às 09:28

O postal tem uma conclusão lógica, mas, vá-se lá saber porquê parte de dois pressupostos não demonstrados:
"Um político corrupto, desonesto ou incompetente, mais tarde ou mais cedo, acaba, pelo menos, julgado pelo povo."
"Somos obrigados a partir do princípio que todos os políticos são uns malandros e, em contraposição, todos os senhores procuradores e juízes são uns santos."
Faltando estes, a conclusão cai por terra, e já agora do primeiro pressuposto devia retirar uma conclusão mais explicíta o político é "julgado pelo povo" pelo que faça o que fizer nunca deve ser julgado por quaisquer instâncias estranhas ao voto popular.
Para um opinar seguro deste jaez talvez tivesse algum interesse preocupar-se além da conclusão com a força dos argumentos... ou as provas que os sustentam, se é que isso interessa ao postador.

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