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Começo a ficar farto de financiar, do meu bolso, as trapalhadas da senhora Ministra da Educação.
4 anos depois, há que saldar algumas contas.
Nunca é demais referir que o advogado João Pedroso levou para casa, com permissão da Ministra, para cima de 150 mil euros em dois contratos sucessivos que não foram cumpridos.
Também não deve ser esquecido que foi este o Ministério que pagou a uma agência pelo recrutamento de criancinhas para o Primeiro Ministro abrir um ano escolar no CCB.
Este é também o Ministério que de 15 em 15 dias publica, com o custo de 874 Euros, artigos auto-elogiosos na capa do JN/Classificados (sem assinatura).
Este é o mesmo Ministério que adjudica propostas 15 milhões de euros mais dispendiosas para o erário público.
E esta é a Ministra da Educação que pratica actos ilegais como a repetição dos exames nacionais de 2006 ou a substituição ilegal de professores.
Mas é vergonhoso que este seja também o Ministério que depois de sucessivas condenações em tribunal, interpõe recursos que só visam conduzir o cidadão-queixoso à exaustão ou à banca rota, na via sacra que é a justiça portuguesa. Imagine-se, à custa do dinheiro do próprio contribuinte.
Este é o Ministério que pagou 40 mil euros por um Estudo que Sócrates e o ME disseram ser da OCDE.
Mas muitos mais episódios haveria para narrar.
O que me começa a irritar são os gastos abusivos desta Ministra em propaganda.
E como me revoltam as despesas que a Ministra faz com o dinheiro dos contribuintes, na vã e vertiginosa tentativa de, através de sucessivos recursos e despesas judiciais, branquear a sua incompetência.
O último caso está a acontecer na Régua e envolve para além da Ministra da Educação, a inefável Margarida Moreira.
Se num caso de todos conhecido, estas duas senhoras mobilizaram-se para correr com um professor que terá tecido (entre supostos amigos) comentários jocosos a propósito do reconhecido mérito académico de José Sócrates e da Universidade que este acabou por extinguir, neste outro, a ideia é manter o professor nomeado pela Ministra como Presidente do Conselho Executivo, ainda que este não cumpra os requisitos estabelecidos em Lei para o preenchimento do lugar.
Também neste caso, que agora volta ao conhecimento público, várias vezes o ME foi condenado, e por várias vezes continua a recorrer das decisões. A última decisão do processo foi a recusa de admissão do recurso apresentado pelo Ministério ao Supremo Tribunal Administrativo.
Não sabemos onde o caso vai parar, mas quando a "grande porca" [a que Medina Carreira recentemente se referiu - citando Rafael Bordalo Pinheiro] deixar de dar alimento à máquina do Partido Socialista no Governo, A Ministra poderá mesmo ter de abrir os cordões à bolsa (neste caso à sua) e pagar 10% do salário mínimo nacional por cada dia de atraso no cumprimento da sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela.