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Eu sei que é só conversa, mas...

por Henrique Burnay, em 01.03.09

Num país normal, quando o Primeiro-ministro dono de uma maioria absoluta vai ao congresso do seu partido dizer que a Democracia está em perigo, que há, num jornal e numa televisão, quem queira sabotar a Democracia, e que é por isso e contra isso que se recandidata, num país normal, não deveria acontecer alguma coisa?

 

E o homem que governa a Pátria não tinha a obrigação, em nome da defesa da Democracia, de nomear esses seus inimigos? E, já agora, claro, de explicar o que crê que os move, o que pretendem?

 

Falar em nome da defesa da Democracia porque dá jeito é o que põe em causa a Democracia. Mas, claro, nada disto é para levar a sério.

 

 

 


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De manuel gouveia a 01.03.2009 às 10:53

Pois talvez por não acontecer nada é que a democracia se encontra em perigo. E ele, Sócrates, sabe disso melhor que ninguém...
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De JTeles a 01.03.2009 às 11:04

Suponho que os inimigos estão suficientemente "nomeados". Suponho que ele não diga mais porque tem medo ou porque como imputado que é - neste blogue, na TVI, no Público - ele tem o direito ao silêncio. Podia ter dito que desde a campanha que levou ao assassinato de D. Carlos..., que desde a tentativa de execução na praça pública de Sá Carneiro..., que desde que os terroristas do ELP, do MDLP, das FP-25, se acoitaram por aí nos jornais, nas televisões, nos blogues... Não disse nada disso e fez bem.
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De Henrique Burnay a 01.03.2009 às 11:11

Assassinato de D. Carlos, FP 25, o 31 da Armada, o José Manuel Fernandes. Estou a perceber a genealogia. E o perigo para a Democracia.
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De JTeles a 01.03.2009 às 11:54

Sugiro que inclua na "genealogia" os bombistas do ELP. Perceberá ainda melhor.
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De Manuel Castelo-Branco a 01.03.2009 às 12:21

Grande José Teles
Já não o lia há mt tempo.Como é que esta?
Um abraço
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De JTeles a 01.03.2009 às 16:20

Manuel, prazer em lê-lo. Esta, hoje como ontem, é contra as campanhas de ódio, as tentativas de execução na praça pública, e, desculpe o chavão, contra o fascismo e quem o apoiar. Ir a um congresso de um partido com o objectivo único de condicionar a opinião que se possa ter dele e pôr a ridículo o que lá se passa é assim como as brigadas de professores, estalinistas, que há uns meses perseguiam Sócrates em qualquer ponto do País por mais "interna" que fosse a reunião. Claro que não quero lembrar-me dos faccii de Mussolini (viu o 1900 de Bertolucci?) porque sei que no 31 da armada também há gente de bem. Mas o que fizeram no Congresso do PS, como aqui está à mostra, foi mesmo uma sujeira.

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