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De que tamanho é a tua unanimidade?

por Rodrigo Moita de Deus, em 04.02.07

"(...) nem a ciência consegue estabelecer, com o mínimo de unanimidade, quando é que o embrião passa a ser uma pessoa"

Zé Diogo Quintela no Sim no Referendo

 

O Zé Diogo considera que ele há o mínimo de unanimidade e o máximo de unanimidade. É quase unânime que o mínimo de unanimidade está a uma distância mínima do máximo de unamidade. Porém entre o mínimo de unanimidade e o máximo de unanimidade está uma média unânime insuficiente para satisfazer o Zé Diogo. Mas atenção. Não é unânime que a unanimidade tenha tamanho.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Samanta a 08.02.2007 às 00:19

goodmorningfrommunich:

Percebo a sua posição quando fala que muitas "meninas" são obrigadas a fazerem o aborto pelos companheiros,mas só ia perceber a posição do sim se fosse mulher.
Tenho 20 anos,gosto da minha rotina,das minhas jantaradas com amigos,das minhas noitadas...se eu agora ficasse grávida tenho a certeza que,mais tarde,iria descontar a minha frustração de ter que começar a minha vida "a sério" com 20 anos,enquanto os meus amigos continuam com as jantaradas,as noitadas,as festas,os cafézinhos até às tantas....numa criança!!Criança essa que iria ficar profundamente traumatizada.Mas não pense que não gosto de crianças,muito pelo contrário,adoro crianças!Creio que concorda comigo quando digo que as crianças devem ser criadas com muito amor e carinho,para poderem ser bons adultos e transformarem a nossa sociedade de forma a que seja um pouco mais civilizada.E é esse tipo de educação que quero dar ao meu filho.E para educá-lo de forma correcta tenho que amá-lo mais que tudo.E querê-lo.E neste momento não quero nenhum.
Se o sim ganhar,só aborta quem quiser,se o não ganhar,podia ver o meu futuro perfeito desmoronar-se por causa de uma criança.
Pense um pouco nisto.
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De O Catraio a 15.02.2007 às 17:43

Sei perfeitamente que uma criança não desejada acaba por sofrer. Contudo, parece-me improvável que uma pessoa como você caí-se nesta asneira. Fossem todas as mulheres modernas assim e a modernice era aceitável.
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De ISa a 08.02.2007 às 09:31

Mas é que não tenho mesmo pachorra para ler os vossos posts! bye
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De Augusto Emílio a 09.02.2007 às 09:45

Desta salganhada de assuntos, aponto dois momentos de cidadania superior em que aparece uma tal Tatiana, heróica defensora dos direitos femininos que para si guarda o direito “de usar burca, abortar ou prostituir-se” e outro da senhora, Samanta, quedefende que não deixará que um filho lhe “leve os anos que tem para beber copos e lhe estrague um futuro perfeito” (seja lá o que isso for).
Eu que vivo da genética avançada, e da biologia molecular, nunca me lembro de ter ouvido falar de confusão nenhuma no que é vida e o que não é. Não é de hoje, mas quando comecei a ter biologia à 15 anos atrás, já era assunto posto, há muitas décadas que a vida era apanágio de todas as células e que começava uma nova vida, a partir da existência de uma nova célula individualizada. No caso dos mamíferos com a fecundação. O que existem são várias etapas e a consideração pela sociedade do valor que têm essas etapas. Como tão bem referiu o Dr. Alexandre Quintanilha, dos mais proeminentes cientistas portugueses e defensor do Sim, quando consideramos pessoa?
Temos a primeira semana, em que a fecundidade não é definitiva, e a definição no número de filhos ainda não foi feita, onde a indefinição celular é total. Temos depois todo um processo de diferenciação celular que dá origem a tecidos, e depois a que se tornam à excepção dos pulmões, funcionais por volta das 8 semanas.
Esta especialização, calcula-se que depois das dez semanas ocorre sobre a forma de tecido nervoso e a tal existência de dor que muitos defendem.
À nascença o bebé finalmente respira e ganha cidadania, por volta do ano e meio, dois anos começa a falar e andar se tudo correr bem.
Desde a fecundação até começar a falar, não se percebe muito bem se ou quando possui consciência. Depois vem a aprendizagem, que culmina com um ser humano adulto, que por sua vez vai dar origem a um idoso muitas vezes com órgão em mau funcionamento e perdas correntes de consciência.

A questão que se põe aqui é o valor que damos a cada uma das etapas. Existem países que censuramos, e que pelo consenso social defendido pelo ZDQ, chegam à conclusão que as crianças, ou as mulheres, ou determinada raça, credo não têm valor. Logo as suas vidas podem ser eliminadas pela vontade, de um homem, de uma instituição ou de um estado. Na Índia, apesar de ilegal é consensual, sobretudo nas regiões mais pobres, que os pais podem amputar os filhos para a mendigagem, só adquirindo estes, direito de usufruir de si próprios na idade adulta, para nós é bárbaro, para eles consensual. É apenas um exemplo. Cada sociedade decide pelo tal consenso assim, quando e como cada vida humana tem direito a existir. Eu tinha ideia que os direitos humanos defendiam para todos.

Bem-haja!

Augusto Emílio
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De francisco maltez a 13.02.2007 às 01:22

o galileu também era vida e foi ardeu numa fogueira? porquê? porque na altura o moral duns gajos (não vou referir quem senão sentem-se ofendidos) dizia que o galileu cometeu um atentado contra sei lá o q... vida humana, a inquisição realmente respeitava muito a vida humana, o bush quando dá subsidios em africa contra a sida, só dá aos paises q defendam uma politicas de castidade.... sim porque os outros! sim esses infieis, esses impuros não são vida humana e deviam arder no inferno!

apesar de n ser nada esquerdista mm, nem apoiar o bloco, concordo com a imagem de fundo do congresso da vitoria do aborto, "bemvindos ao seculo xxi"

onde o estado é laico e os valores morais de cada um são pra cada um....

e sim, finalmente desligaram esses discursos da defesa da vida humana e da catequese, parecem cassetes com argumentos...mas quando alguém os contrargumenta, dançam melhor o tango que o ZDQ...

Criticam o RAP por defender publicamente uma causa, nenhum catolico conseguiu ir a uma missa ultimamente sem levar com um congresso do não em cima....
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De André a 13.02.2007 às 17:19

bem, e com isto tudo fiquei fã do shô Rodrigo... ele consegue ter algo mais que piada... acho que é uma coisita chamada "poder de argumentação"...
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De Domingos a 15.02.2007 às 17:39

E andei eu a perder três horas para ver o Prós e Contras? Sinceramente... Mais valia ter encontrado aqui esta belíssima discussão, sobre a vida, o aborto, o consenso, a unanimidade. Mas que bela lição, é pena, é já ter ido votar.
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De Domingos a 15.02.2007 às 17:39

E andei eu a perder três horas para ver o Prós e Contras? Sinceramente... Mais valia ter encontrado aqui esta belíssima discussão, sobre a vida, o aborto, o consenso, a unanimidade. Mas que bela lição, é pena, é já ter ido votar.
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De Domingos a 15.02.2007 às 17:39

E andei eu a perder três horas para ver o Prós e Contras? Sinceramente... Mais valia ter encontrado aqui esta belíssima discussão, sobre a vida, o aborto, o consenso, a unanimidade. Mas que bela lição, é pena, é já ter ido votar.
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De Domingos a 15.02.2007 às 17:41

Peço desculpas pelo "spam", mas aparecia uma janela do SAPO a dizer Oopps, e pensei que tivesse acontecido algum erro, mas pelos vistos, não.
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De António Nogueira a 04.03.2007 às 23:53

Não é anti-democrático o Estado pensar e tomar as decisóes pelo povo? OU melhor: está certo o povo temer o Estado? Não seria mais correcto pensar que o Estado é que deveria temer o Povo?

Abraço

AN

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