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De que tamanho é a tua unanimidade?

por Rodrigo Moita de Deus, em 04.02.07

"(...) nem a ciência consegue estabelecer, com o mínimo de unanimidade, quando é que o embrião passa a ser uma pessoa"

Zé Diogo Quintela no Sim no Referendo

 

O Zé Diogo considera que ele há o mínimo de unanimidade e o máximo de unanimidade. É quase unânime que o mínimo de unanimidade está a uma distância mínima do máximo de unamidade. Porém entre o mínimo de unanimidade e o máximo de unanimidade está uma média unânime insuficiente para satisfazer o Zé Diogo. Mas atenção. Não é unânime que a unanimidade tenha tamanho.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Zé Diogo Quintela a 05.02.2007 às 00:54

Rodrigo, obrigado por teres apontado tão bem o pleonasmo que eu usei. Devia, como é óbvio, ter usado consenso em vez de unanimidade.
Agradeço, se bem que saiba que não foi um favor desinteressado, mas sim uma forma de retribuir um que o Ricardo te prestou, ao apontar um engano teu, aqui há atrasado.

http://gatofedorento.blogspot.com/2005_01_23_gatofedorento_archive.html

Mas, hélas, muito embora eu e o Ricardo sejamos amigos e colegas, o teu favor não está pago, uma vez que ainda me sinto em dívida. Continuas, portanto, a dever-lhe. E eu estou em dívida para contigo. Quero saldá-la.
Sendo assim, fui à procura do tal post de que o Ricardo falou e, felizmente, achei logo algo com que retribuir: é que, ao contrário do que tu afirmas, não foi Francisco de Almeida que penhorou as barbas dele em Goa, mas sim D. João de Castro. Coitado do D. Francisco de Almeida que, pelos vistos foi por ti escanhoado depois de morto. Felizmente, és mais certeiro com a caneta do que com a Gillette.
Favores pagos à parte, a recordação daquele post remeteu-me para a indignação que, naquela altura, algumas pessoas sentiram por o Ricardo ter uma posição política. E, por extensão, todos os humoristas. Vendo como param as actuais modas, parece que essa indignação está ultrapassada. Felizmente. Segundo os novos desenvolvimentos, lidos no teu blog, os humoristas podem ter posições políticas: não podem é expressá-las publicamente.

Abraço

zdq
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De Rodrigo Moita de Deus a 05.02.2007 às 11:33

Ò meu querido Zé,

Se me tivesses avisado desse interesse nos meus erros e eu próprio (olha um pleonasmo) teria tratado do assunto apontando outros ainda mais aerodinâmicos para atirares de volta.

Mas temo que não tenhas percebido o sentido do meu post. Vamos a isso.

Abóboras para o pleonasmo e para a gramática! Sabes bem que não tenho o talento do Ricardo para revisor ortográfico (digo-o com cobiça). O que me interessa na tua prosa é esse requentado conceito de “mínima unanimidade” (ou consenso, se assim entenderes).

“A partir do momento em que nem a ciência consegue estabelecer, com o mínimo de unanimidade, quando é que o embrião passa a ser uma pessoa, não considero aceitável que o Estado proíba alguém de abortar.” (ZDQ)

Que belíssimo argumento! Mas já agora, qual é o tamanho da unanimidade necessária para que o Estado legisle sobre o aborto? Maior ou menor que a unanimidade necessária para legislar sobre…os direitos das mulheres, por exemplo…ou o consumo de drogas, outro exemplo…a condução sobre o efeito de álcool…Haverá mínimos olímpicos de unanimidade a cumprir para futuras iniciativas legislativas?

Mas olha…pensando bem…admito que esteja a ser miudinho com os conceitos. Esquisito de boca com as palavras. No fundo, no fundo, podia ser pior. Podia não ser unânime.

Um abraço amigo,

RMD

PS: Se não me quiseres falar mais sobre o tamanho da tua unanimidade, compreendo. Mas já agora...a tua bandeirinha...de que tamanho é?

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