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É pena

por Henrique Burnay, em 08.02.07
Se o Ricardo Araújo Pereira fosse um tipo decente, já que veio à blogosfera comentar o assunto, tinha aproveitado para dizer aos comentadores (não preciso de dar exemplos, pois não?) - e não ao Paulo (é esse o ponto) – que a rábula do provedor nada tinha que ver com o Paulo Mascarenhas. Em vez disso, fez músculo e um texto parvo.
E se fosse corajoso  - coisa que ninguém pode exigir a ninguém – tinha dito quem eram os pequenos poderes que os tentaram intimidar. Em vez disso, insinuou. E terá enviado um sms.
Quem acha que um bom humorista tem que ser um tipo decente ou corajoso é capaz de ter ficado desiludido. Acontece muito a quem tem ilusões sobre a natureza humana ou se fascina com a fama. É pena.

Sobre o assunto principal já disse o que tinha a dizer.


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

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De Anónimo a 04.03.2007 às 23:32

Concordo. Tenho provavelmente menos de metade da idade destes senhores, mas permitam-me opinar...

Portugal é um país livre de repressões há mais de trinta anos! E todos têm direito a ter uma opinião e a poder exprimi-la livremente. O humor para ser bom, não tem de ser imparcial. Aliás, quando o é, perde a piada. Sou um grande admirador do trabalho dos Gato Fedorento, mas nem sempre estou de acordo com as suas opiniões. Considero que rirmo-nos de nós próprios (e, consequentemente, das rábulas às nossas posições e opiniões) é muito importante para que consigamos viver bem em sociedade. A falta de tolerância com os outros e, principalmente, a falta de auto-crítica é um problema de muita gente que prejudica a sua relação com o resto da sociedade.

Vou dar um exemplo que pode não ser dos melhores, mas é aquele que vos posso dar: sou portista e nunca me senti no direito (nem nunca o quis fazer) de exigir que os Gato Fedorento, pelo facto de terem feito um sketch sobre o presidente do FCP, fizessem também um sketch sobre os presidentes de todos os outros clubes portugueses. Assim como nunca achei incorrecto o facto de se pronunciarem publicamente acerca da sua posição política, do seu clube de futebol, da sua religião, da sua preferência sexual, da sua comida preferida, da cor dos boxers que usam, da pasta de dentes que compram, da maneira como cortam as unhas dos pés ou do que for. Aquilo que algumas pessoas querem é que os humoristas representem a sua opinião e não a deles próprios. Isto só revela um certo egoísmo.

Sinceramente, nunca pensei que pudesse haver gente que se sentisse tão incomodada com o excelente trabalho que os Gato Fedorento têm vindo a desenvolver. E se actualmente, eles conseguem ser vistos por mais de 1 milhão de pessoas todas as semanas, não me parece que estejam a perder público, seja público que gosta deles, seja público que apenas os vê com a intenção de mais tarde criticar o que viu.

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