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Quem segue Rui Rio no Twitter não tem deixado de reparar nas críticas que o actual presidente da Câmara do Porto tem efectuado à cobertura realizada pela RTP. A verdade é que na última semana assistimos a dois exemplos de um grave alheamento da televisão estatal a iniciativas da cidade do Porto: a inauguração do Sea Life Center e a apresentação pública do novo projecto de remodelação do Palácio de Cristal, um dos edifícios mais emblemáticos da cidade. Enquanto as estações privadas fizeram o seu trabalho, tendo coberto os eventos, a RTP optou por ficar em casa. Isto apenas para referir duas cerimónias mediáticas que a RTP simplesmente ignorou recentemente. Segundo li no JN, a televisão pública apenas cobriu este ano duas iniciativas da edilidade portuense. Se formos comparar com a cobertura realizada em Lisboa pela RTP, que é liderada pelo socialista António Costa, estou certo que os números serão brutalmente diferentes.
Para cúmulo desta parcialidade que a RTP tem dedicado a Rui Rio, adivinhe-se quem é que escolheram para comentar o trágico desaparecimento do militante histórico do Partido Socialista, Carlos Candal? Nada menos que a independente Elisa Ferreira, que por acaso é candidata à Câmara Municipal do Porto, e que tem tido uma inusitada atenção por parte da estação pública. É para isto que existe uma televisão do estado? Para proteger os interesses do partido de governo?
A pergunta que se deve fazer é: qual a razão da RTP estar a ignorar por completo as iniciativas da Câmara Municipal do Porto em pleno ano eleitoral, isto para não falar das acções de campanha de Rio Rio, que também têm passado completamente ao lado da televisão? Numa estação paga por todos os portugueses, a isenção e imparcialidade é uma exigência absoluta. Será que a RTP irá assumir a posição anglo-saxónica de declarar o seu apoio a uma candidatura? Não que precisem, mas pelo menos seria mais honesto…