De vmalaika a 12.02.2007 às 15:24
devo dizer que sim...
finalmente podemos dizer que os portugueses deixaram de ser hipócritas (será que também inserir neste grupo vossas excelências???)
ai que bem que acordei :)
Enquanto me chamarem de hipócrita por defender a vida quando ceifada num rude egoísmo por parte da mãe, irresponsável aquando do acto sexual, este país é de 3º mundo.
E esta vitória não é das mulheres mas do exagero, da procurar de renovação. Em Portugal, foge-se aos impostos como forma de orgulho, elege-se governantes corruptos nas Câmaras Municipais (ex.: Felgueiras), temos cada vez mais crianças obesas, mas continuamos a tentar ser renovadores, liberais.
Parece-me hipócrita a votação no "Sim" quando, na generalidade, não há gente de 1º mundo nas fileiras da esquerda. Quando a mulher for moderna o suficiente para se proteger e houver utilização de métodos contraceptivos, então aceitarei o aborto como prática de recurso final. Até lá, sou céptico quanto ao 'desenvolvimento', quanto à 'democracia' e, principalmente, quanto ao "deixamos de ser hipócritas". Agora somos cínicos.
De Anónimo a 12.02.2007 às 18:31
em primeiro lugar:
"Em Portugal, foge-se aos impostos como forma de orgulho, elege-se governantes corruptos nas Câmaras Municipais (ex.: Felgueiras), temos cada vez mais crianças obesas, mas continuamos a tentar ser renovadores, liberais." - o que tem isto a ver com o tema em discussão?
em segundo lugar:
"não há gente de 1º mundo nas fileiras da esquerda." - leia uns livros de política/vivência em sociedade e entao depois mande alarvidades dessas. ainda não percebi em que se prendem tanto vocês para a questão do aborto ser uma questão de esquerda ou de direita quando, na realidade, é uma questão humana.
Caro Anónimo,
Não se prenda pela minha estupidez. Eu estou ciente da minha falta de saúde mental e agredir-me com os meus próprios posts desprovidos de fundamento não me fere.
O tema da discussão, infelizmente, pauta-se muitas vezes por sermos modernos. Modernices à parte, eu sou modernista. Mas não considero marca de civilização quando, em Portugal, se têm atitudes pobres, podres e palermas. E é nestas atitudes irrisórias que se fica a modernice. Perde-se a razão de falar em gente mais civilizada quando se têm atitudes socialmente pouco higiénicas.
Quanto à sua crença da humanidade da questão, pode então explicar-me porque se gerou uma campanha - corrija-me se estiver errado - manifestamente política em torno da questão? Pareceu-me descabido o dispêndio de 1,6 milhões de euros em campanha por uma questão em que não deveria de haver indecisos. De tão humana que é, o "Não" foi realçado na direita e o "Sim" na esquerda. Não me fale de humanidades quando há esta linha divisória.
De Anónimo a 13.02.2007 às 20:44
pois n fui eu que desenhei a linha, não fui eu que fiz a campanha e não foram gastos em mim esses 1,6 milhoes de €.
'atitudes pobres, podres e palermas'? - pois ERAM.
Não o acuso de semelhante coisa. Não achei que você traçasse linhas políticas invisíveis. Faz parte de uma sociedade que tenta ser política mas onde a abstenção atinge proporções desmedidas.
Ainda bem que concorda com a existência das atitudes pobres, podres e palermas. Mas não se ficam pelo dinheiro dispendido. Estão em toda a parte e tentamos escondê-las com modernices e liberalizações. E eu sou modernista!
Sinto-me muito contente por as mulheres poderem abortar. Eu próprio, na minha masculinidade vou abortar assim que for promulgada a nova lei.
Rodrigo, lamento que a direita fatalista tenha perdido este referendo. Não se tratava da opinião dos cidadãos mas sim de um golpe golpista da esquerda renovadora. E nós perdemos. Mas não me parece que alguém dê a palavra à abstenção, que é tão maravilhosa que nos permite ouvir o som do silêncio das pessoas que, por ignorância ou preguiça, não votam. E essas, são um "Não" ribombante.
De Anónimo a 12.02.2007 às 18:31
isso de vossa ex.ª abortar diz apenas respeito a você e ao conjunto de atributos fisionómicos que possuir.
quanto à abstenção, já teve o seu tempo de falar, ficando calada. quem lhe diz que a voz que se calou era maioritariamente pelo "Não"? Ou isso ou entao sua excelência acha que isto é uma especie de jogo de futebol em que se podia ter ganho, tivesse uma das equipas tido a sorte de ter mais 3 minutos de compensação.
cure-se.
Daqui a alguns milhares de abortos veremos todos estes novos europeus, mais modernos e civilizados.
De Anónimo a 12.02.2007 às 21:22
sr. vítor:
aposto uma palmilha consigo em como o número de abortos não irá aumentar substancialmente. Isto, porque quando o aborto tem de acontecer não é a lei que o evita, muito menos uma lei que põe em causa a integridade física das mulheres.
E não se trata de uma questão de civilização, modernidade ou de me sentir europeu - essa parte deve ser um trauma qualquer seu que ficou por resolver.
Sr. Anónimo,
Apostaria duas palmilhas consigo em como as vendas da pílula do dia seguinte iam ser diminutas. Mas não são. E a pílula do dia seguinte tem o condão de afectar de uma forma extremamente negativa a mulher. Não consigo comparar o dano com o do aborto mas será de maiores proporções.
Agora, se o senhor ainda quiser apostar a palmilha pelo aborto, faça-o. Eu não ponho as mãos no fogo. Não ponho porque a nossa sociedade já deu provas de que não respeita a integridade física. Use outro argumento, se fizer o favor.
De Anónimo a 13.02.2007 às 20:43
meto as mãos no fogo quando n o sentir e pelo contrario o sentir a apagar.
e sim, a palmilha ainda está em jogo.
mas já não estao em jogo (desculpe a redundancia) jogos do esconde-esconde nem abortos auto-infligidos
'Não ponho porque a nossa sociedade já deu provas de que não respeita a integridade física' - no meu entender, deu-se um passo em frente para que esse respeito possa ter o seu incremento devido.
No meu entender, deu-se um passo em frente para que haja mais liberdade de escolha. E foi bonito apesar de eu não concordar com liberdade neste prisma.
Contudo, também foi bonito "liberalizar" a pílula do dia seguinte e, tenho em meu conhecimento, uma pessoa que já tomou três desde esta "liberalização". Tome-me por ingénuo mas, é ou não verdade que a sociedade - ou alguns elementos muito particulares dela - se flagelam com esta nova liberdade.
Não pretendo que se criem leis que protejam a mulher. Longe de mim pedir isso porque a mulher moderna sabe o que faz. Só não recorre aos métodos contraceptivos.
Acho sempre divertido quando os liberalistas agridem gente como eu. Agridem-me na via do comentário. E fazem-no chamando-me de mulher. Quem escreve falando da sua masculinidade sofre destes problemas.
Fere-me o orgulho, Sr. Anónimo, em considerar-me tão feminino. E há a questão da abstenção. Quem queria pôr um |x| no "Sim", fê-lo. Os outros não se interessam, não se preocupam, não sabem, não pensam na questão. Ou são preguiçosos para ir votar. Parece-me aceitável dizer que eles responderam "Não". "Não vou votar porque é parvoíce". Cabe agora a vossa excelência, Sr. Anónimo, agredir-me com o meu post pateta.
De Anónimo a 13.02.2007 às 20:54
Liberalistas? - alguém viu um rótulo por aí caído no chão?
"Não vou votar porque é parvoíce" - AHAHAHAH, deve ter sido vossa excelencia que dirigiu a campanha do "Não".
Boa noticia para si caso esse femininismo se concretize quando falando num universo unicamente físico: ganhou mais direitos no domingo passado. :)
outra notícia: 'Cabe agora a vossa excelência, Sr. Anónimo, agredir-me com o meu post pateta.' - já percebi que já nem preciso disso, você encarrega-se dessa agressão, uma espécie de auto-agressão digamos, mas que n deixa de perder o seu carácter de agressividade. Acaba sim por ganhar, vistas bem as coisas, um certo 'meter dó'.
Caro Sr. Anónimo,
Tento 'meter dó' sempre que posso. Fica bem.
Não me venha com a do rótulo porque sei bem que há muita gente que vota "Sim" porque é moderno, renovador, quase sindicalista pedir a liberalização do aborto.
De resto, não me flagelou muito. Perde a eficácia. Lamento mas tenho-me como tão grande palerma que a auto-agressão acaba por não me magoar.
De Anónimo a 13.02.2007 às 22:57
'Lamento mas tenho-me como tão grande palerma que a auto-agressão acaba por não me magoar.'
Ora aí está a ignorância no seu máximo esplendor:
Ao serviço do ego.
Boa Páscoa.
.
Ignorância, Sr. Anónimo? Ignorância?
Eu sei onde estão os meus limites, as minhas fraquezas e as minhas características mentais. Desconhecia o meu lado ignorante. Sou palerma, de facto. Sou palerma e, como tal, agredirem-me com as minhas palavras (ainda que seja eu a realizar tal proeza) não me magoa. Interpretou-me mal. Eu tenho um ego abaixo do mediano.
Mas agradeço a proposta. Para mim a Páscoa significa férias. Não me tentem convencer que um homem qualquer ressuscitou após quarenta dias. Já agora, digam-me que o aborto é giro e faz bem à mulher.