Enquanto me chamarem de hipócrita por defender a vida quando ceifada num rude egoísmo por parte da mãe, irresponsável aquando do acto sexual, este país é de 3º mundo.
E esta vitória não é das mulheres mas do exagero, da procurar de renovação. Em Portugal, foge-se aos impostos como forma de orgulho, elege-se governantes corruptos nas Câmaras Municipais (ex.: Felgueiras), temos cada vez mais crianças obesas, mas continuamos a tentar ser renovadores, liberais.
Parece-me hipócrita a votação no "Sim" quando, na generalidade, não há gente de 1º mundo nas fileiras da esquerda. Quando a mulher for moderna o suficiente para se proteger e houver utilização de métodos contraceptivos, então aceitarei o aborto como prática de recurso final. Até lá, sou céptico quanto ao 'desenvolvimento', quanto à 'democracia' e, principalmente, quanto ao "deixamos de ser hipócritas". Agora somos cínicos.
De Anónimo a 12.02.2007 às 18:31
em primeiro lugar:
"Em Portugal, foge-se aos impostos como forma de orgulho, elege-se governantes corruptos nas Câmaras Municipais (ex.: Felgueiras), temos cada vez mais crianças obesas, mas continuamos a tentar ser renovadores, liberais." - o que tem isto a ver com o tema em discussão?
em segundo lugar:
"não há gente de 1º mundo nas fileiras da esquerda." - leia uns livros de política/vivência em sociedade e entao depois mande alarvidades dessas. ainda não percebi em que se prendem tanto vocês para a questão do aborto ser uma questão de esquerda ou de direita quando, na realidade, é uma questão humana.
Caro Anónimo,
Não se prenda pela minha estupidez. Eu estou ciente da minha falta de saúde mental e agredir-me com os meus próprios posts desprovidos de fundamento não me fere.
O tema da discussão, infelizmente, pauta-se muitas vezes por sermos modernos. Modernices à parte, eu sou modernista. Mas não considero marca de civilização quando, em Portugal, se têm atitudes pobres, podres e palermas. E é nestas atitudes irrisórias que se fica a modernice. Perde-se a razão de falar em gente mais civilizada quando se têm atitudes socialmente pouco higiénicas.
Quanto à sua crença da humanidade da questão, pode então explicar-me porque se gerou uma campanha - corrija-me se estiver errado - manifestamente política em torno da questão? Pareceu-me descabido o dispêndio de 1,6 milhões de euros em campanha por uma questão em que não deveria de haver indecisos. De tão humana que é, o "Não" foi realçado na direita e o "Sim" na esquerda. Não me fale de humanidades quando há esta linha divisória.
De Anónimo a 13.02.2007 às 20:44
pois n fui eu que desenhei a linha, não fui eu que fiz a campanha e não foram gastos em mim esses 1,6 milhoes de €.
'atitudes pobres, podres e palermas'? - pois ERAM.
Não o acuso de semelhante coisa. Não achei que você traçasse linhas políticas invisíveis. Faz parte de uma sociedade que tenta ser política mas onde a abstenção atinge proporções desmedidas.
Ainda bem que concorda com a existência das atitudes pobres, podres e palermas. Mas não se ficam pelo dinheiro dispendido. Estão em toda a parte e tentamos escondê-las com modernices e liberalizações. E eu sou modernista!