por Rodrigo Moita de Deus, em 13.02.07

Desde que o usurpador Pedro entrou na desleal cidade do porto que dão como eminente o fim do Portugal conservador, católico e deliciosamente hipócrita que tanto admiro. Fim eminente: está por dias, está por meses, está por anos.
Já lá vão quase dois séculos e ainda cá estamos.
O Portugal conservador, católico e deliciosamente hipócrita sobreviveu ao Pedro e à sua corte de liberais afrancesados, ao partido regenerador, ao Afonso Costa, ao Rolão Preto e ao Álvaro Cunhal. Sobreviveu à nacionalização dos bens da igreja e ao PREC. Sobreviveu à reforma agrária e aos sermões do Anselmo Borges. E já lá vão quase dois séculos.
Para tormento destes velhos novos jacobinos, os conservadores católicos e deliciosamente hipócritas não só sobrevivem como – por definição e crença - multiplicam-se como coelhos.