31 da Armada

A menos que as malas fossem destinadas ao partido.

Se Pedro Passos Coelho fosse um homem coerente, recusava entrar em qualquer lista do PSD (http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1394754&idCanal=12). Nas eleições internas do PSD disse ser contra quase todas as ideias de Manuela Ferreira Leite.

Ao fazer este "braço de ferro" para ficar na lista de Vila Real, está nitidamente à procura de "lugar" para se "posicionar". Ou seja, é uma atitude que tem por base um objectivo pessoal e partidário ao invés de um propósito nacional e colectivo.

Este "enviado especial" de Ângelo Correia e dos seus interesses está, da pior maneira, a tentar ganhar o seu espaço no partido, esperando que o PSD perca as eleições de 27 Setembro, para poder avançar.

O que vale, o tiro vai-lhes sair pela culatra.

E ainda falta explicar a história do "braço com gesso" e da falta à audiência judicial.

Enfim, fait divers...

O mal é precisamente esse. Os partidos substituem-se aos eleitores escolhendo quem querem para os cargos e deixam para os cidadãos (para aqueles que ainda votam, e são cada vez menos) a tarefa secundária de legitimar essas escolhas. E é se quizerem, porque se não quizerem votar essas escolhas hão-de ser infalivelmente Poder.
Acho absolutamente extraordinário que não tenhamos aprendido rigorosamente nada com o processo eleitoral norte americano.

Não me parece que António Preto vá usar o cargo de deputado para fazer oposição à líder do seu próprio partido, de modo a antecipar a sua queda e se apresentar como "alternativa".

Mas posso estar enganado.

 

"à luz de que critérios é que António Preto poderá ser melhor deputado que Passos Coelho?"

presumo que Antonio Preto, não diga uma coisa pela frente e faça outra por tras

Liderança. Curto e grosso. Se não amam pelo menos passam a temer.

Ferreira Leite mostrou coragem.