De confrade a 07.08.2009 às 14:43
O problema é de gente "que Portugal está entregue a gente". Não podemos acreditar que Sócrates é assim o todo poderoso, não é. O que existe é uma grande mancha cinzenta - a gente - que decide estas coisas, uma gente anónima, mas que tem poder, demasiado poder.
Escolhi o termo gente para não utilizar o termo gentalha
De confrade a 07.08.2009 às 16:16
Caro Rui, gente ou gentalha tanto faz, o que importa termos em conta é o "anonimato", Quem nomeia, quem desnomeia, quem assina, que apaga, quem faz, quem não faz. É uma enorme massa lamacenta onde - quando dá jeito - tudo se dilúi... e não só com o PS, é o modelo que temos.
De zulu a 07.08.2009 às 16:06
A história repete-se vezes sem conta. Não há boa acção que não mereça um castigo. O Presidente da República encolheu os ombros no caso a licenciatura, agora tem a paga. Bom é óbvio que eles já perceberam que estão em fim de festa, isto é uma clara vingança, pelo passado, mas também ressabiamento do futuro próximo. Aliás foram significativas as palavras do PR quando foi de férias, se bem que pouca gente tenha dado importância. Ele referiu que nunca tinha levado tanto trabalho de férias, um jeep cheio de papeis!!!!
Vá-se lá saber porque? Quantos casos freeport estarão embrulhados no meio dessa papelada.
De AAC a 07.08.2009 às 16:42
Acho que esta é realmente a pedra de toque de todo este inenarrável episódio:
"
O Presidente da República encolheu os ombros no caso a licenciatura, agora tem a paga."
De Anónimo a 07.08.2009 às 19:18
É claro e indiscutível que acredito no senhor ao lado direito no retrato.
São em demasia as verdades que nos tem contado ao longo destes 4 anos.
Os portugueses que lhe concedam novamente a mesma "proporção" que ouvirão outras verdades na razão do dobro.
No mínimo!
Cumprimentos.
Toninho
De Oscar Vaz a 08.08.2009 às 11:35
O Cavaco tambem tem umas boas, como aquela de deixar a Segurança Social reformada por 50 anos.
De josé castro a 07.08.2009 às 22:48
O caso da licenciatura é a verdadeira pedra de toque da demagogia das virgens ofendidas por Sócrates - porque não é de politica que se trata, nem do País, nem dos portugueses é só o acesso ao poder pelo poder.
Na Universidade do Minho o director de curso pode atribuir equivalência a 3 disciplinas desde que permitam acabar a licenciatura e desde que ache que o estudante tem experiência suficiente para atribuir equivalência.
Note que são 3 disciplinas em 30 necessárias para obter a licenciatura - 10% do curso.
No tempo do Sócrates as licenciaturas em engenharia necessitavam pelo menos cerca de 48 disciplinas, com muitos cursos a incluir mais de 50.
São elites (agora na oposição), que têm licenciaturas e frequência universitária, que fingem não conhecer a menoridade de uma cadeira de inglês técnico no curso eng.civil. É a mais execrável manipulação da ignorância do povo que não tem frequência universitária.
É também por isso que o combate a Sócrates se faz com palavras chave como "arrogância". Só a falta de memória ou a sede de poder é que não recorda as negociações de MFL quando ministra, nem consegue perceber as muitas cedencias negociais deste governo.
Sugiro que pare de tratar partidos como clubes de futebol. Os clubes de futebol não merecem a desconsideração.
José Castro,
O caso da licenciatura é um de muitos exemplos. E é só mais um.
Porém, atento o ângulo da sua argumentação, que respeito, respondo-lhe que essa questão só é relevante por ser singular, única e sem paralelo nos chefes de Governos constitucionais no pós-25 de Abril.
Desde Mário Soares a Sá Carneiro, Maria de Lurdes Pintassilgo a Nobre da Costa, Mota Pinto, Balsemão, Cavaco Guterres, Durão ou Santana, nunca se falou entre nós de problemas deste jaez com as habilitações dos nossos Primeiros.
As habilitações são tudo? Claro que não.
Dúvidas sobre truques na sua obtenção, desculpe mas já se me afigura relevante.
E o problema é, uma vez mais, o mesmo: a nossa sociedade está de tal modo rebaixada que também porventura já nem se incomoda com o lado oculto das biografias dos seus Primeiros-Ministros...
E convenhamos que uma licenciatura concluída num Domingo - o dia do Senhor - isto para já não falar dos outros aspectos caricatos da relação docente/discente, não é coisa fácil de ocorrer numa universidade, qualquer que ela seja...
De josé castro a 08.08.2009 às 13:33
Digo-lhe já a questão da licenciatura afigura-se-lhe relevânte só por uma de duas razões: ou nunca andou no ensino superior ou não quer lembrar-se como foi.
E se precisa de dizer "ah e tal não é só essa questão" então é porque não é um assunto que tenha valor por si mesmo - fale das questões verdadeiramente relevantes; caso contrário isso não passa de uma amalgama de racionalizações pessoais que você usa para se justificar a si mesmo porque não gosta do Sócrates - apesar de ter protagonizado o governo que mais fez com os poucos recursos que teve disponíveis. Aliás, Sócrates deu-se ao descaramento de subir impostos em cima do aumento de Durão/MFL e ter conseguido por a economia a funcionar (que arrogancia!) ao invéz de andar de 3 em 3 meses a anunciar a recuperação para o fim dos proximos 6 durante 3 anos.
Se quer ir por aí, esclareço que me licenciei em Direito com 14 valores na Univ. Lusíada (1984-1989).
Mas tive no 1.º ano o célebre Prof. Arouca (reitor da Universidade Intependente, Prof. do nosso Primeiro e que falava de ter "uma vida porreiraça") em Economia Política, durante alguns meses até este ser corrido da Universidade...
Nunca fiz cadeiras ao Domingo, nunca fiz várias no mesmo dia com o mesmo Professor, nunca enviei faxes a um Professor dizendo-me "seu" Rui Tabosa. Isso nunca fiz e nunca faria. Mas percebe-se porque alguns o fizeram. Tenha paciência...
Dito isto quanto à minha experiência (só porque a esta se referiu), o caso da licenciatura tem importância, sim: é que não é habitual ou normal que um Primeiro Ministro esteja envolvido em polémicas dessas. Mas fico a saber que para si é normal. Cada um tem os códigos de valores que tem.
Quanto a "gostar" ou não de Sócrates, é-me indiferente a pessoa, mas claro que não me revejo na sua política e na forma de como a faz.
Dei abundantes exemplos de casos esquisitos, como podia dar mais. Um comentador do meu post acrescentou outros, que lhe recomendo ler. e um deles, muito revelador, é o do célebre Relatório sobre Educação, que é apresentado pelo primeiro Ministro no parlamento como sendo da OCDE mas que, afinal, não o era. Mas muito mais há, meu caro: défices públicos fabricados pelo Banco de Portugal a soldo do Governo: onde já se viu um Banco central digno fazer uma análise prospectiva e chegar a um número dizendo que 8 meses depois existiriaa um determinado valor do défice se o governo nada fizesse para o contrariar!!! (estes golpes são vergonhosos, desonestos e impróprios de uma democracia com gente séria).
Diz finalmente que Sócrates pôs a Economia a funcionar: pois. 500 e tal mil desempregados, crescimento do PIB em -3%, etc., são bem reveladres desse êxito governamental.
Mas volto à questão do Post da qual o José Castro fugiu por completo.
Os jornais de ontem e de hoje deixaram muito claro que Cavaco e Sócrates dizem coisas diferentes sobre a não recondução de Lobo Antunes no Conselho nacional de Ética.
Cavaco fez saber que Sócrates se comprometeu a reconduzir aquele prestigiado Professor e Sócrates diz que essa versão é pura intriga.
Só cabe a cada um de nós escolher em quem acreditamos: aqueles que acretitarem que Sócrates fala verdade e Cavaco mente, não votarão em Cavaco se este, acaso, concorrer a novo mandato presidencial (é inaceitável Portugal ter um PR mentiroso).
Aqueles que acreditarem que Cavaco fala verdade e que Sócrates mente, farão o contrário no próximo dia 27 de setembro, pelas mesmas razões...
E a vantagem deste caso é que saber quem mente e quem fala verdade se tornou muito fácil para qualquer pessoa normal, porque este PR nele está directamente envolvido...
A escolha é sua, minha e de todos nós.
Cumprimentos.
De josé castro a 08.08.2009 às 18:14
Caro Trull,
você fala em casos esquisitos e casos que "não são habituais nem normais".
Mas preferia que se dedicasse a casos sérios:
Casos sérios são 1'800'000'000€;
Casos sérios são Isaltino Morais Ministro;
Casos sérios são entregar as dívidas do fisco a uma corporação privada para ela escolher a quem cobra e a quem perdoa;
Casos sérios são vender património ao desbarato como uma feira de garagem;
Casos sérios são atirar a economia do país no lodo com um discurso da tanga e um aumento de impostos;
Casos sérios são aceitar acções como uma garantia bancária;
Casos sérios são fugir do mandato a meio;
Casos sérios são Santana Lopes, 1ºMinistro;
Casos sérios são o braço direito de MFL ser um acusado de corrupto;
Coisas sérias são renovar com um eurodeputado que é o segundo menos produtivo do mandato;
Coisas sérias são aceitar projectos de obras das estradas mais mortais da europa;
Coisas sérias é ter nomeado um administrador da TAP que criticou o trabalho do primeiro gestor que teve lucros em 30anos;
Casos sérios são conviver bem com um cacique que incita os apoiantes ao ponto de eles ameaçarem adversários políticos com balas, com carros queimados e com insultos;
Casos sérios são censurar um futuro prémio nobel;
Casos sérios são viver descansado com os subsídios agricultas gastos em jipes e carros alemães (onde estava a balança comercial da altura?);
Casos sérios são viver descansado com as falências fraudulentas;
Casos sérios são assinar um acordo internacional num mandato e criticar as implicações dele no seguinte (presumo que saiba o valor legal dos tratados internacionais);
Casos sérios são fazer e entregar um monopólio das travessias sobre o rio Tejo a uma empresa privada;
Casos sérios são o ministro que entregou o monopólio ir ser administrador do monopólio;
Casos sérios são esse ministro ter sido oferecido aos portugueses como um estadista;
Casos sérios são entregar os magalhães a uma empresa privada sem concurso;
Já coisas esquisitas são:
O rendimento das aplicações de Cavaco no BPN;
Ou Cavaco andar a fazer acordos de tachos que são da competência do Governo;
Ou um ministro de Durão sair do governo sem se saber porquê no meio do escândalo da casa pia;
Ou o caso de pedofilia da casa pia ter enviesamento estatístico partidário;
Ou a forma fácil como ex-ministros enriquecem;
Mas vá pelas coisas esquisitas que valham a pena:
como a nomeação de armando vara;
ou a de celeste cardona;
ou a reforma do mira amaral;
ou a nomeação da elisa ferreira;
ou ministro da iberdrola;
ou o da mota engil;
ou a preocupação com o jardim gonçalves;
ou espirito santo (que eu nunca percebi muito bem a coisa da trindade)
Repito-me:
você fala em casos esquisitos e casos que "não são habituais nem normais".
Mas preferia que se dedicasse a casos sérios.
Agora licenciaturas e afins são coisa de que engoliu o manifesto.
De josé castro a 08.08.2009 às 18:15
Falei nos 1'800'000'000 € e no antónio preto? Quase que esquecia!
Desculpe, mas a sua argumentação é absurda!
O meu Post não é sobre as habilitações do primeiro Ministro!
É sobre o Governo dizer que nunca teve um compromisso com o Presiente da República e a Presidência, o Dr. paulo rangel e a dr.ª Maria de Belém dizerem que esse compromisso existiu.
O Post é sobre isso, as habilitações foram apenas referidas como um caso esquisito que não aconteceu antes com qualquer outro Chefe do Governo.
O meu comentador insiste em apenas focar esse aspecto. Naturalmente, para fugir da questão central do Post que é a de saber quem mente, porque alguém está certamente a mentir!
Donde, ou omenta o Post ou então não vale a pena gastarmos tempo a escrever sobre o tempo...