Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




Quem mente?

por Rui Crull Tabosa, em 07.08.09

Muito se disse e não menos se tem escrito sobre a relação de José Sócrates com a verdade.
Uns dizem que mente, mente mesmo por sistema; outros, pelo contrário, garantem que Sócrates não economiza na verdade e são campanhas negras as que querem fazer parecer o contrário.
É certo que durante anos ouvimos falar das habilitações literárias do Primeiro-Ministro, sobre a alegada falsificação e posterior desaparecimento do seu registo biográfico de deputado, sobre a sua alegada assinatura de projectos de casas (?) da autoria de outros técnicos, sobre o seu alegado envolvimento no caso do aterro da Cova da Beira, sobre o processo de aquisição de um luxuoso apartamento de 183 m2 no edifício Castilho Heron por € 235 mil no final dos anos 90, sobre o seu alegado envolvimento no caso Freeport, bem como sobre as alegadas pressões de Lopes da Mota junto dos magistrados do Ministério Público que investigam o referido caso (aliás, quem está à espera das próximas eleições para só depois divulgar as conclusões do inquérito a Lopes da Mota?), sobre o alegado convite/abordagem intimista que o PS fez a Joana Amaral Dias, etc., etc., etc.
Uns dirão que são casos a mais para serem só coincidência, outros sustentam que são coincidências a mais para não se tratar de uma conspiração contra um homem honrado.
Até hoje qualquer um dos referidos posicionamentos era defensável.
Porém, a serem verdadeiras as notícias agora divulgadas pelo Sol, Diário de Notícias e Correio da Manhã, o caso muda de figura e muda mesmo muito.
Dizem esses jornais que o Primeiro-Ministro não reconduziu o professor João Lobo Antunes no Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV), ao contrário daquilo a que se tinha comprometido com o próprio Presidente da República, e que este “está estupefacto” com o Governo, não só por o executivo não ter reconduzido Lobo Antunes, mas também porque “José Sócrates tinha um compromisso com Cavaco Silva para reconduzir o professor naquele Conselho, mas isso não só não se verificou, como não foi dada nenhuma explicação à Presidência da República”. Acontece que o Correio da Manhã contraria frontalmente as anteriores notícias, garantindo que “o gabinete do Primeiro-Ministro diz que tudo não passa de «uma intriga»”.
Não discuto, sequer, a substância destas notícias: todos conhecemos o prestígio científico e académico de Lobo Antunes. E todos sabemos também que o seu afastamento se deve ao facto de ter dado parecer desfavorável a esse inenarrável aborto legislativo socialista que foi o Projecto de Lei do testamento vital. O saneamento de Lobo Antunes é o princípio do fim do CNECV como órgão independente e prestigiado e apenas revela o nível confrangedoramente rasteiro da actual maioria política.
O que discuto é o problema político que três jornais hoje disseram existir entre Belém e S. Bento.
A menos que rapidamente aquelas notícias sejam desmentidas, a chave deste problema parece-me encontrar-se no facto de Cavaco Silva, por muitos que possam ser os seus defeitos, nunca se ter distinguido por faltar sistematicamente à verdade.
E a verdade é que não podem estar os dois a mentir.

 


lavagem de mãos e outras medidas profiláticas

Sem imagem de perfil

De Ricardo Van Helden a 07.08.2009 às 13:44

"E a verdade é que não podem estar os dois a mentir."


Pois, de facto é verdade, mas não se pode lidar hoje em dia com a incoerência e o conservadorismo que caracteriza essas pessoas, e esta noticia é mesmo pura intriga, como evidência a Legislação do CNECV ,

Artigo 4.º
Composição


1 - O CNECV tem a seguinte composição:


a) Seis pessoas de reconhecido mérito que
assegurem especial qualificação na reflexão ética suscitada pelas
ciências da vida, eleitas pela Assembleia da República segundo o método
da média mais alta de Hondt , recaindo ainda a eleição em seis
suplentes;


b) Oito pessoas de reconhecido mérito que
assegurem especial qualificação no domínio das questões da bioética,
designadas pela Ordem dos Médicos, pela Ordem dos Enfermeiros, pela
Ordem dos Biólogos, pela Ordem dos Advogados, pelo Conselho de Reitores
das Universidades Portuguesas, pela Academia das Ciências de Lisboa,
pelo conselho médico-legal do Instituto Nacional de Medicina Legal,
ouvido o respectivo conselho técnico-científico, e pela Fundação para a
Ciência e Tecnologia, I. P.;


c) Três pessoas de reconhecido mérito
científico nas áreas da biologia, da medicina ou da saúde em geral e
das ciências da vida e duas pessoas de reconhecido mérito científico
nas áreas do direito, da sociologia ou da filosofia, todas designadas
por resolução do Conselho de Ministros.


2 - O mandato dos membros do CNECV é
independente do das entidades que os designam e tem a duração de cinco
anos, não podendo ser renovado mais de uma vez.


3 - O mandato dos membros do CNECV inicia-se com a tomada de posse perante o Presidente da Assembleia da República.


4 - O CNECV elege, de entre os seus membros,
um presidente e um vice-presidente, competindo a este substituir o
presidente nas suas ausências e impedimentos.


5 - Os membros do CNECV são independentes no
exercício das suas funções, não representando as entidades que os
elegeram ou designaram.


Ou seja, a não nomeação pelo governo de Lobo Antunes, não influência em nada o funcionamento do CNEV, logo é pura intriga...

Imagem de perfil

De Rui Crull Tabosa a 07.08.2009 às 13:55

Ricardo Van Helden,
Acrescentei no Post a referência ao testamento vital, porque me parece que essa questão não pode ser ignorada. Lobo Antunes não se curvou a esse projecto de lei do PS, logo ... tinha de sair.
Quanto a intriga, isso é o que o PM diz, como o disse sobre o caso Joana Amaral Dias, etc.
Se Cavaco hoje não vier dizer que as notícias do Sol e do DN são falsas, é uma questão de acreditarmos nelas ou no CM.
E não tenha mesmo dúvidas: Cavaco não é conhecido por mentir.
O problema é mesmo que Portugal está entregue a gente que saneia um homem como Lobo Antunes. É triste.
Sem imagem de perfil

De PDuarte a 07.08.2009 às 14:02

mais um caso que não pode estar em banho-maria, como estão todos os outros.
mais um grande artigo.
você é sem dúvida a mais valia deste blog.
Sem imagem de perfil

De blogdaping a 07.08.2009 às 14:26

Ambos os 3 !!!Image
Sem imagem de perfil

De as cunhas a 07.08.2009 às 14:27


Afinal a presidencia da repuflica mete cunhas ou faz trafico de influencias?
Sem imagem de perfil

De tric a 07.08.2009 às 14:54

Se for para colocar portugueses deste calibre em lugares importantes do país, que venham as cunhas ou os trafico de influências do Presidente da Republica, porque merito não lhes falta, muito pelo contrario!


João Lobo Antunes

Professor Catedrático de Neurocirurgia da Faculdade de Medicina de Lisboa.
Prémio Pfizer de Investigação em 1970.
Prémio Pessoa em 1996.
Presidente da Sociedade Europeia de Neurocirurgia (1999-2003).
Presidente da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa (2000).
Presidente do Conselho Superior de Ciência, Tecnologia e Inovação (2004-...).
Presidente da Academia Portuguesa de Medicina (2006-...)
Conselho de Estado (2006...).

Sem imagem de perfil

De António P. Castro a 07.08.2009 às 14:30

É evidente que não pode estar a mentir um gajo que se licenciou por fax, a um domingo, numa Universidade que depois mandou fechar por falta de qualidade pedagógica...
Como é evidente que só pode estar a mentir quem não é conhecido por praticar tal "desporto", ao contrário do referido "licenciado"...
Não se está mesmo a ver?

 
Sem imagem de perfil

De confrade a 07.08.2009 às 14:43

O problema é de gente  "que Portugal está entregue a gente". Não podemos acreditar que Sócrates é assim o todo poderoso, não é. O que existe é uma grande mancha cinzenta - a gente - que decide estas coisas, uma gente anónima, mas que tem poder, demasiado poder
Imagem de perfil

De Rui Crull Tabosa a 07.08.2009 às 15:04

Escolhi o termo gente para não utilizar o termo gentalha
Sem imagem de perfil

De confrade a 07.08.2009 às 16:16

Caro Rui, gente ou gentalha tanto faz, o que importa termos em conta é o "anonimato", Quem nomeia, quem desnomeia, quem assina, que apaga, quem faz, quem não faz. É uma enorme massa lamacenta onde - quando dá jeito - tudo se dilúi... e não só com o PS, é o modelo que temos.
Sem imagem de perfil

De essagora a 07.08.2009 às 15:27

Oh, ainda faltam alguns itens na lista de mentiras do nosso Primeiro-mentiroso-compulsivo-ministro:
- Relatórios da OCDE que afinal não o são
- Magalhães, o primeiro portátil integralmente português
- Magalhães entregues às criançada em frente à televisão e retirados em seguida, à socapa
- Modelos contratados para fingirem de alunos

Foram só alguns casos mais de que me lembrei, assim de repende...
Sem imagem de perfil

De zulu a 07.08.2009 às 16:06

A história repete-se vezes sem conta. Não há boa acção que não mereça um castigo.  O Presidente da República encolheu os ombros no caso a licenciatura, agora tem a paga. Bom é óbvio que eles já perceberam que estão em fim de festa, isto é uma clara vingança, pelo passado, mas também ressabiamento do futuro próximo. Aliás foram significativas as palavras do PR  quando foi de férias, se bem que pouca gente tenha dado importância. Ele referiu que nunca tinha levado tanto trabalho de férias, um jeep cheio de papeis!!!!
Vá-se lá saber porque? Quantos casos freeport estarão embrulhados no meio dessa papelada. 
Sem imagem de perfil

De AAC a 07.08.2009 às 16:42

Acho que esta é realmente a pedra de toque de todo este inenarrável episódio:


"O Presidente da República encolheu os ombros no caso a licenciatura, agora tem a paga."


Image
Sem imagem de perfil

De Anónimo a 07.08.2009 às 19:18

É claro e indiscutível que acredito no senhor ao lado direito no retrato.

São em demasia as verdades que nos tem contado ao longo destes 4 anos.

Os portugueses que lhe concedam novamente a mesma "proporção" que ouvirão outras verdades na razão do dobro.

No mínimo!

Cumprimentos.

Toninho
Sem imagem de perfil

De Oscar Vaz a 08.08.2009 às 11:35

O Cavaco tambem tem umas boas, como aquela de deixar a Segurança Social reformada por 50 anos.
Sem imagem de perfil

De josé castro a 07.08.2009 às 22:48

O caso da licenciatura é a verdadeira pedra de toque da demagogia das virgens ofendidas por Sócrates - porque não é de politica que se trata, nem do País, nem dos portugueses é só o acesso ao poder pelo poder.
Na Universidade do Minho o director de curso pode atribuir equivalência a 3 disciplinas desde que permitam acabar a licenciatura e desde que ache que o estudante tem experiência suficiente para atribuir equivalência.
Note que são 3 disciplinas em 30 necessárias para obter a licenciatura - 10% do curso.
No tempo do Sócrates as licenciaturas em engenharia necessitavam pelo menos cerca de 48 disciplinas, com muitos cursos a incluir mais de 50.
São elites (agora na oposição), que têm licenciaturas e frequência universitária, que fingem não conhecer a menoridade de uma cadeira de inglês técnico no curso eng.civil. É a mais execrável manipulação da ignorância do povo que não tem frequência universitária.
É também por isso que o combate a Sócrates se faz com palavras chave como "arrogância". Só a falta de memória ou a sede de poder é que não recorda as negociações de MFL quando ministra, nem consegue perceber as muitas cedencias negociais deste governo.
Sugiro que pare de tratar partidos como clubes de futebol. Os clubes de futebol não merecem a desconsideração.
Imagem de perfil

De Rui Crull Tabosa a 08.08.2009 às 00:22

José Castro,
O caso da licenciatura é um de muitos exemplos. E é só mais um.
Porém, atento o ângulo da sua argumentação, que respeito, respondo-lhe que essa questão só é relevante por ser singular, única e sem paralelo nos chefes de Governos constitucionais no pós-25 de Abril.
Desde Mário Soares a Sá Carneiro, Maria de Lurdes Pintassilgo a Nobre da Costa, Mota Pinto, Balsemão, Cavaco Guterres, Durão ou Santana, nunca se falou entre nós de problemas deste jaez com as habilitações dos nossos Primeiros.
As habilitações são tudo? Claro que não.
Dúvidas sobre truques na sua obtenção, desculpe mas já se me afigura relevante.
E o problema é, uma vez mais, o mesmo: a nossa sociedade está de tal modo rebaixada que também porventura já nem se incomoda com o lado oculto das biografias dos seus Primeiros-Ministros...
E convenhamos que uma licenciatura concluída num Domingo - o dia do Senhor - isto para já não falar dos outros aspectos caricatos da relação docente/discente, não é coisa fácil de ocorrer numa universidade, qualquer que ela seja...
Sem imagem de perfil

De josé castro a 08.08.2009 às 13:33

Digo-lhe já a questão da licenciatura afigura-se-lhe relevânte só por uma de duas razões: ou nunca andou no ensino superior ou não quer lembrar-se como foi.
E se precisa de dizer "ah e tal não é só essa questão" então é porque não é um assunto que tenha valor por si mesmo - fale das questões verdadeiramente relevantes; caso contrário isso não passa de uma amalgama de racionalizações pessoais que você usa para se justificar a si mesmo porque não gosta do Sócrates - apesar de ter protagonizado o governo que mais fez com os poucos recursos que teve disponíveis. Aliás, Sócrates deu-se ao descaramento de subir impostos em cima do aumento de Durão/MFL e ter conseguido por a economia a funcionar (que arrogancia!) ao invéz de andar de 3 em 3 meses a anunciar a recuperação para o fim dos proximos 6 durante 3 anos.
Imagem de perfil

De Rui Crull Tabosa a 08.08.2009 às 15:05

Se quer ir por aí, esclareço que me licenciei em Direito com 14 valores na Univ. Lusíada (1984-1989).
Mas tive no 1.º ano o célebre Prof. Arouca (reitor da Universidade Intependente, Prof. do nosso Primeiro e que falava de ter "uma vida porreiraça") em Economia Política, durante alguns meses até este ser corrido da Universidade...
Nunca fiz cadeiras ao Domingo, nunca fiz várias no mesmo dia com o mesmo Professor, nunca enviei faxes a um Professor dizendo-me "seu" Rui Tabosa. Isso nunca fiz e nunca faria. Mas percebe-se porque alguns o fizeram. Tenha paciência...
Dito isto quanto à minha experiência (só porque a esta se referiu), o caso da licenciatura tem importância, sim: é que não é habitual ou normal que um Primeiro Ministro esteja envolvido em polémicas dessas. Mas fico a saber que para si é normal. Cada um tem os códigos de valores que tem.
Quanto a "gostar" ou não de Sócrates, é-me indiferente a pessoa, mas claro que não me revejo na sua política e na forma de como a faz.
Dei abundantes exemplos de casos esquisitos, como podia dar mais. Um comentador do meu post acrescentou outros, que lhe recomendo ler. e um deles, muito revelador, é o do célebre Relatório sobre Educação, que é apresentado pelo primeiro Ministro no parlamento como sendo da OCDE mas que, afinal, não o era. Mas muito mais há, meu caro: défices públicos fabricados pelo Banco de Portugal a soldo do Governo: onde já se viu um Banco central digno fazer uma análise prospectiva e chegar a um número dizendo que 8 meses depois existiriaa um determinado valor do défice se o governo nada fizesse para o contrariar!!! (estes golpes são vergonhosos, desonestos e impróprios de uma democracia com gente séria). 
Diz finalmente que Sócrates pôs a Economia a funcionar: pois. 500 e tal mil desempregados, crescimento do PIB em -3%, etc., são bem reveladres desse êxito governamental.
Mas volto à questão do Post da qual o José Castro fugiu por completo.
Os jornais de ontem e de hoje deixaram muito claro que Cavaco e Sócrates dizem coisas diferentes sobre a não recondução de Lobo Antunes no Conselho nacional de Ética.
Cavaco fez saber que Sócrates se comprometeu a reconduzir aquele prestigiado Professor e Sócrates diz que essa versão é pura intriga.
Só cabe a cada um de nós escolher em quem acreditamos: aqueles que acretitarem que Sócrates fala verdade e Cavaco mente, não votarão em Cavaco se este, acaso, concorrer a novo mandato presidencial (é inaceitável Portugal ter um PR mentiroso).
Aqueles que acreditarem que Cavaco fala verdade e que Sócrates mente, farão o contrário no próximo dia 27 de setembro, pelas mesmas razões...
E a vantagem deste caso é que saber quem mente e quem fala verdade se tornou muito fácil para qualquer pessoa normal, porque este PR nele está directamente envolvido...
A escolha é sua, minha e de todos nós.
Cumprimentos.
Sem imagem de perfil

De josé castro a 08.08.2009 às 18:14

Caro Trull,
você fala em casos esquisitos e casos que "não são habituais nem normais".
Mas preferia que se dedicasse a casos sérios:

Casos sérios são 1'800'000'000€;
Casos sérios são Isaltino Morais Ministro;
Casos sérios são entregar as dívidas do fisco a uma corporação privada para ela escolher a quem cobra e a quem perdoa;
Casos sérios são vender património ao desbarato como uma feira de garagem;
Casos sérios são atirar a economia do país no lodo com um discurso da tanga e um aumento de impostos;
Casos sérios são aceitar acções como uma garantia bancária;
Casos sérios são fugir do mandato a meio;
Casos sérios são Santana Lopes, 1ºMinistro;
Casos sérios são o braço direito de MFL ser um acusado de corrupto;
Coisas sérias são renovar com um eurodeputado que é o segundo menos produtivo do mandato;
Coisas sérias são aceitar projectos de obras das estradas mais mortais da europa;
Coisas sérias é ter nomeado um administrador da TAP que criticou o trabalho do primeiro gestor que teve lucros em 30anos;
Casos sérios são conviver bem com um cacique que incita os apoiantes ao ponto de eles ameaçarem adversários políticos com balas, com carros queimados e com insultos;
Casos sérios são censurar um futuro prémio nobel;
Casos sérios são viver descansado com os subsídios agricultas gastos em jipes e carros alemães (onde estava a balança comercial da altura?);
Casos sérios são viver descansado com as falências fraudulentas;
Casos sérios são assinar um acordo internacional num mandato e criticar as implicações dele no seguinte (presumo que saiba o valor legal dos tratados internacionais);
Casos sérios são fazer e entregar um monopólio das travessias sobre o rio Tejo a uma empresa privada;
Casos sérios são o ministro que entregou o monopólio ir ser administrador do monopólio;
Casos sérios são esse ministro ter sido oferecido aos portugueses como um estadista;
Casos sérios são entregar os magalhães a uma empresa privada sem concurso;

Já coisas esquisitas são:
O rendimento das aplicações de Cavaco no BPN;
Ou Cavaco andar a fazer acordos de tachos que são da competência do Governo;
Ou um ministro de Durão sair do governo sem se saber porquê no meio do escândalo da casa pia;
Ou o caso de pedofilia da casa pia ter enviesamento estatístico partidário;
Ou a forma fácil como ex-ministros enriquecem;

Mas vá pelas coisas esquisitas que valham a pena:
como a nomeação de armando vara;
ou a de celeste cardona;
ou a reforma do mira amaral;
ou a nomeação da elisa ferreira;
ou ministro da iberdrola;
ou o da mota engil;
ou a preocupação com o jardim gonçalves;
ou espirito santo (que eu nunca percebi muito bem a coisa da trindade)

Repito-me:
você fala em casos esquisitos e casos que "não são habituais nem normais".
Mas preferia que se dedicasse a casos sérios.
Agora licenciaturas e afins são coisa de que engoliu o manifesto.
Sem imagem de perfil

De josé castro a 08.08.2009 às 18:15

Falei nos 1'800'000'000 € e no antónio preto? Quase que esquecia!
Imagem de perfil

De Rui Crull Tabosa a 08.08.2009 às 18:34

Desculpe, mas a sua argumentação é absurda!
O meu Post não é sobre as habilitações do primeiro Ministro!
É sobre o Governo dizer que nunca teve um compromisso com o Presiente da República e a Presidência, o Dr. paulo rangel e a dr.ª Maria de Belém dizerem que esse compromisso existiu.
O Post é sobre isso, as habilitações foram apenas referidas como um caso esquisito que não aconteceu antes com qualquer outro Chefe do Governo.
O meu comentador insiste em apenas focar esse aspecto. Naturalmente, para fugir da questão central do Post que é a de saber quem mente, porque alguém está certamente a mentir!
Donde, ou omenta o Post ou então não vale a pena gastarmos tempo a escrever sobre o tempo...

Comentar post