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O i de hoje dá-nos conta que 265 mil eleitores foram recenseados automaticamente ao pedirem o cartão do cidadão.
Destes, grande parte viu a sua freguesia de recenseamento ser subitamente alterada pelo simples acto de renovação do documento de identificação.
Um destes cidadãos foi o próprio José Sócrates. Recordo-me que Primeiro-ministro ficou tão surpreendido com a alteração como a esmagadora maioria dos eleitores a quem foi imposto o ditame de carácter centralista.
José Sócrates sempre votou na Covilhã. No dia 27 de Setembro as televisões irão filmá-lo, pela segunda vez, no exercício do seu direito de voto, na freguesia que abrange o Heron Castilho [Coração de Jesus, em Lisboa].
Entendo que Sócrates deveria ter o direito de escolher o concelho onde deseja votar.
Com um interior cada vez mais abandonado e sem oportunidades para os seus jovens, a obrigatoriedade de votar na área de residência é mais uma medida que, a juntar-se a outras, apenas visa contribuir para o esquecimento das vilas e cidades do interior. Esta medida, tomada num gabinete ministerial de Lisboa, suportada em conveniências de técnicas e informáticas, vem cortar mais um laço de ligação à terra onde se nasceu e cresceu.
Já é suficientemente triste que os jovens do interior do nosso país sejam forçados a procurar oportunidades nas cidades do litoral. Agora que o país lhes rejeite uma das últimas formas de continuarem ligados às suas terras, isso já me parece um exagero.
Hoje, deixo apenas um apelo:
deixem o Sócrates votar na sua terra.
"Hoje, deixo apenas um apelo:
deixem o Sócrates voltar na sua terra."
e assim, acho mesmo que até deveriamos ajudar"